Formado em 1995, o grupo australiano The Ten Tenors já se apresentou em mais de 600 cidades ao redor do mundo, mas só em maio do ano passado, depois de uma turnê adiada pela pandemia, os cantores vieram pela primeira vez ao Brasil. Por aqui fizeram shows em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Brasília.





A conexão com o público brasileiro foi tanta que, na última segunda (25/9), os músicos desembarcaram no país para realizar mais cinco shows. Desta vez, os tenores prepararam repertório que reúne os maiores sucessos da carreira, que já soma 28 anos de estrada. Em Belo Horizonte, a apresentação acontece nesta quinta (28/9), às 21h, no Palácio das Artes.

Para a temporada da turnê “Greatest hits” os tenores prepararam duas surpresas. Eles vão cantar dois clássicos da música popular brasileira: “Asa Branca” (Luiz Gonzaga) e “Mas que nada” (Jorge Ben Jor). As interpretações ocorrerão em português e foram ensaiadas com a ajuda do tenor Boyd Owen, que fala português fluentemente. 

“São duas das letras mais bonitas já escritas no Brasil, amamos o feeling delas e vamos fazer um bom trabalho”, afirma o australiano Adrian Li Donni.

A formação atual  conta ainda com Cameron Barclay, Michael Edwards (que também é o produtor musical), Jared Newall, JD Smith, Nicholas Marks, Jesse Layt, Andrew Papas e Daniel Todd.






Releituras de Bowie e Amy

O grupo faz sucesso com releituras de hits mundiais – como “Hallelujah”, de Leonard Cohen; “Heroes”, de David Bowie; e “Valerie”, de Amy Winehouse. Só no YouTube os tenores somam mais de 15 milhões de reproduções.

No palco, os 10 tenores se revezam entre sucessos antigos e hits contemporâneos. “Esse show é para todo mundo. Vamos cantar um pouco de tudo, vai ter ópera, rock, pop”, afirma Li Donni, que faz parte do The Ten Tenors há sete anos.

O artista revela os bastidores do grupo durante o processo de preparação de uma nova turnê. Tudo começa com cada um dos integrantes ensaiando as músicas sozinho em casa. Quando já está tudo decorado, eles se reúnem para os ensaios gerais, ocasião em que também aprendem as coreografias.





“Como estamos juntos há tanto tempo, já entendemos a dinâmica do grupo e conseguimos harmonizar a maioria das músicas com muita facilidade”, admite. “O Michael (Edwards) conduz os ensaios e garante que todos nós vamos cantar com perfeição”.

Duas horas antes de cada apresentação, os artistas se encontram para os últimos ajustes. “Ficamos melhores a cada show, quando estamos em turnê é um aprendizado novo a cada hora”, afirma.

Trabalho, viagens e diversão

Questionado sobre fazer parte do grupo, Li Donni destaca dois pontos positivos: as amizades e as viagens. “Amamos explorar os lugares, provar as bebidas e as comidas locais. Sempre ter com quem compartilhar essas experiências é algo especial. Nós nos divertimos muito, estamos sempre rindo juntos”, afirma o tenor, que conta ter se surpreendido com o entusiasmo do público brasileiro durante os shows do grupo no país em 2022.





“A vinda ao Brasil foi incrível! Em alguns lugares, a plateia é mais reservada, só batem palmas. Aqui (no Brasil) tivemos uma experiência linda, com todo mundo dançando e cantando. Ficamos impressionados. Outra coisa de que gostamos muito foram os teatros, eles são lindos.”

Além da capital mineira, a turnê passará amanhã e sábado (29 e 30/9) pelo Rio de Janeiro,  por São Paulo (1º de outubro) e Curitiba (6/10). 

THE TEN TENORS –  TURNÊ “GREATEST HITS”

Nesta quinta-feira (28/9), às 21h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537 – Centro). Ingressos à venda no Eventim: R$ 500 (plateia 1), R$ 420 (plateia 2) e R$ 300 (plateia superior). Valores referentes à inteira. Meia-entrada na forma da lei.
 
* Estagiária sob a supervisão da subeditora Tetê Monteiro

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