Êxitos e conquistas se sucedem na trajetória de quase 50 anos do Grupo Corpo. É sobre essa potência artística e cultural surgida em meados dos anos 1970, em Belo Horizonte, que se debruça o programa “EM Minas” deste sábado (14/10).
Parceria entre a TV Alterosa, jornal Estado de Minas e Portal Uai, a atração, que vai ao ar às 19h30, recebe Paulo Pederneiras, fundador e diretor artístico do Grupo Corpo.
Em entrevista ao jornalista Benny Cohen, ele analisa o percurso da companhia desde o primeiro espetáculo, “Maria, Maria”, em 1976, com trilha sonora de Milton Nascimento e Fernando Brant.
O trabalho mais recente, “Estância”, é coreografia criada por Rodrigo Pederneiras sob encomenda do maestro venezuelano Gustavo Dudamel, que comanda a Orquestra Filarmônica de Los Angeles.
A estreia ocorreu no Hollywood Bowl, teatro ao ar livre de LA com capacidade para 18 mil pessoas, sob regência de Dudamel. Em seguida, o grupo se apresentou com a Filarmônica na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte.
Renovação do elenco
Pederneiras falou ao “EM Minas” sobre os processos de seleção e renovação do elenco do Corpo, bem como da rotina dos profissionais, distante da ideia glamourizada que se tem sobre a vida dos artistas.
Outro tema da entrevista foram as trilhas sonoras dos espetáculos. A música popular deu o tom aos primeiros trabalhos; os compositores eruditos prevaleceram ao longo da década de 1980; a companhia retomou o universo da MPB a partir de “21”, em 1992.
Marco Antônio Guimarães, João Bosco, Arnaldo Antunes, Zé Miguel Wisnik, Lenine, Tom Zé, Caetano Veloso e Gilberto Gil são alguns dos autores das trilhas sonoras do Corpo.
Pederneiras aponta “Maria, Maria”, “21”, “Benguelê” e “Parabelo” como os espetáculos mais marcantes da trajetória da companhia, por diferentes razões. Ressalta a “honestidade artística” do grupo mineiro, sempre em busca de algo novo, além da coesão do núcleo principal, que se mantém junto desde a estreia.
O diretor artístico relembrou as motivações que levaram à criação do Grupo Corpo. Analisou o cenário da dança no Brasil nos anos 1970 e sua evolução ao longo das últimas décadas, quando passou a atrair público mais numeroso e a desfrutar de prestígio internacional.
O programa “EM Minas” tem 30 minutos de duração na TV, divididos em dois blocos. Também conta com a continuação exclusiva – o terceiro bloco – no canal do Portal Uai no YouTube.