cena de 'O dia que te conheci'

Ainda inédito no circuito comercial, filme do diretor de "Ela volta na quinta" conta com Grace Passô e Renato Novaes nos papéis principais, em história que se passa num único dia na vida dos dois personagens, em bh e betim

Filmes de Plástico/Divulgação

“O dia que te conheci”, novo longa-metragem do diretor mineiro André Novais de Oliveira (“Ela volta na quinta”, “Temporada”), recebeu o prêmio da crítica da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O resultado da edição 2023 do festival foi anunciado na noite de quarta (1/11).

Com Grace Passô e Renato Novaes como protagonistas, o filme, que tem roteiro assinado pelo diretor, narra um dia na vida dos dois personagens. Ele é um trabalhador que diariamente se desloca de BH para Betim, onde tem um emprego na biblioteca de uma escola pública. Constantemente atrasado, ele se vê em risco de demissão. Quando conhece Luísa (Grace Passô), o curso de sua vida muda. 

O longa é mais uma produção da Filmes de Plástico, produtora sediada em Contagem, que é responsável por sucessos recentes como “Marte Um”. 

A Mostra de São Paulo tem duas vertentes de premiação, uma concedida pelo júri oficial e outra pelo júri popular. 

Júri oficial

Composto pela atriz e diretora Bárbara Paz, a produtora Mariëtte Rissenbeek, o cineasta Lenny Abrahamson, o ator Welket Bungué e Enrica Antonioni, o júri oficial elegeu o belga "Quando derreter", de Veerle Baetens, como melhor filme de ficção. Entre os documentários, venceu o brasileiro "Samuel e a Luz", de Vinícius Gimys.

O grupo ainda concedeu uma menção honrosa para "Se eu pudesse apenas hibernar", produção da Mongólia de Zoljargal Purevdash e um prêmio de atuação para Jaya, do elenco do filme filipino "Asog".

O prêmio da crítica de melhor filme estrangeiro ficou para "Afire", do alemão Nicholas Petzold, que está sendo exibido em sessões de pré-estreia em Belo Horizonte. 

A Associação Brasileira de Críticos de Cinema, a Abraccine, escolheu "Sem coração", de Nara Normande e Tião, como melhor produção nacional do festival este ano.

O filme "Saudade fez morada aqui dentro", de Haroldo Borges, venceu os dois prêmios de incentivo ao cinema nacional da Mostra. O longa recebeu tanto o Prêmio Netflix, que garante licenciamento no streaming para a produção, e o Prêmio Paradiso, que dá apoio à distribuição do projeto nos cinemas.

O júri popular, por sua vez, elegeu "La chimera", dirigido por Alice Rohrwacher e com a brasileira Carol Duarte no elenco, como o melhor longa de ficção estrangeiro. "A metade de nós", de Flávio Botelho, foi apontado como a melhor produção nacional de ficção.

O público do festival ainda elegeu "Da cor e da tinta", de Weimin Zhang, e "Somos guardiões", de Edivan Guajajara, Chelsea Green e Rob Grogman, como melhores documentários estrangeiro e brasileiro, respectivamente.

A cerimônia de encerramento, realizada na Cinemateca Brasileira, prestou homenagem a Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc morto no último domingo, e exibiu o filme "Ferrari", dirigido por Michael Mann e com Gabriel Leone no elenco.