Mesmo levando os telespectadores ao susto, os filmes de terror podem ser bons para a saúde. Pelo menos é o que defende um estudo escocês feito no centro de ensino Queen Margaret University.
De acordo com uma das autoras do estudo, a neuropsicóloga Kristen Knowles, assistir às películas assustadoras é uma forma controlável, ou seja, segura, de vivenciar um medo, pois as ficções produzem endorfina e dopamina, hormônios associados ao prazer e ao alívio do estresse.
Para os cinéfilos, a constatação do estudo talvez não seja uma grande novidade. Ainda em 1991, para o documentário “Fear in the dark”, o aclamado Wes Craven (diretor de filmes como “A hora do pesadelo” e “Pânico”) defendeu que “filmes de terror não criam medo, eles o liberam”.
Na prática, Craven aponta que o envolvimento com o terror tem a própria forma de catarse — estado de libertação psíquica que o ser humano vivencia quando consegue superar algum trauma como medo.
Na prática, Craven aponta que o envolvimento com o terror tem a própria forma de catarse — estado de libertação psíquica que o ser humano vivencia quando consegue superar algum trauma como medo.
Segundo o estudo, mais do que promover a ação de “enfrentar seus medos”, a adrenalina liberada por um filme de terror pode realmente ser boa para o estado de espírito, além de estimular a produção de hormônios no cérebro capazes de reduzir o estresse.
“Ver filmes de terror pode tornar as pessoas mais tolerantes à dor devido à produção da endorfina. A resposta do corpo ao medo e ao suspense é aumentar a produção dos hormônios, como forma de se energizar para reagir a uma ameaça”, disse a neuropsicóloga Kristen Knowles ao jornal The Harold.
O hormônio que a professora cita é a endorfina, responsável por aliviar dores, reduzir a ansiedade e trazer a sensação de bem-estar para o corpo. Por isso, assistir a filmes de terror também pode ajudar no desenvolvimento mental e físico e equilibrar as emoções quando necessário, completa o estudo.
Já a adrenalina aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, dando mais energia. A dopamina também atua, sendo responsável por provocar uma sensação de prazer e motivação. Logo, não existe motivo (científico) para fugir de uma sessão de terror.
Monstro indiano
Dirigido pelo estreante Bishal Dutta e dos mesmos produtores de “Corra!”, o filme “Não abra!”, que estreou ontem no Brasil, é uma das grandes apostas do gênero neste ano.
A história se passa nos Estados Unidos e gira em torno da adolescente Sam, de origem indiana, que acidentalmente liberta uma antiga entidade demoníaca de um jarro que jamais deveria ter sido aberto.
Enquanto o mal se alimenta dos seus piores medos, a personagem precisará desvendar segredos ancestrais para tentar salvar sua vida e a de todos ao seu redor.
A história se passa nos Estados Unidos e gira em torno da adolescente Sam, de origem indiana, que acidentalmente liberta uma antiga entidade demoníaca de um jarro que jamais deveria ter sido aberto.
Enquanto o mal se alimenta dos seus piores medos, a personagem precisará desvendar segredos ancestrais para tentar salvar sua vida e a de todos ao seu redor.