Feiras de comidas típicas africanas, desfiles de marcas pretas e shows de rap, samba e black music são as atrações da segunda edição do AfroDay, evento que celebra a diversidade da cultura afro-brasileira, que acontece neste domingo (12/11), a partir das 13h, no espaço Império BH.
Fruto da coletividade de empreendedores negros de Belo Horizonte, a iniciativa promove atividades de capacitação em moda e produção de eventos e tem como objetivo aproximar a comunidade negra belo-horizontina das raízes africanas.
Na line, Tamara Franklin, Lelê Cirino, Raquel Moreira, Sarah Sampp, Junior Lins, Rebeca Sá, DJ Camis e DJ Henderson sobem ao palco para garantir a diversão do público. Como atração principal, o festival recebe Adriana Araújo, uma das vozes atuais do samba mineiro.
No show, a artista canta os sucessos de sua carreira e clássicos da música brasileira. “O repertório vai ter bastante samba, claro, e algumas brasilidades que eu gosto muito de fazer, canções que as pessoas se identificam, que trazem emoção para os corações”, afirma Adriana.
Ela detalha: “Sempre canto canções do meu álbum ‘Minha vida”, lançado em 2020. Canto também músicas da Luedji Luna, como ‘Banho de folhas’, e cantos de terreiro, que representam muito nosso povo e trazem nossa ancestralidade à tona.”
EM BUSCA DAS RAÍZES
Marca registrada de Adriana, as canções de Alcione estão garantidas na apresentação. “Se não canto Marrom, muitas pessoas ficam chateadas comigo, mas elas não precisam se preocupar, amo muito as músicas dela”, brinca.
Pela primeira vez nos palcos do AfroDay, Adriana Araújo ressalta a importância do evento para a cidade e mostra satisfação em participar da segunda edição do AfroDay. “A cultura e a ciência afro estão espalhadas pelo mundo inteiro. O povo preto, e eu me incluo nessa, viveu muito tempo sendo analfabeto da própria cultura, porque nos foi tirado essa possibilidade de conhecê-la a fundo”, explica a belo-horizontina.
“Conhecemos costumes ocidentais, cultura branca, fomos ensinados a nos odiar e a não buscar a nossa raiz. Trazer esse evento para BH, é de extrema importância para que nós possamos conhecer mais sobre nós mesmos”, acrescenta.
Além do samba de Adriana, o AfroDay também traz ao palco apresentações de rap, black music e discotecagem. Entre as multiplicidades das artes negras, DJ Henderson, vindo de Angola, toca música africana e promove a aproximação entre o diaspórico e o originário.
GASTRONOMIA TÍPICA
“A seleção dos artistas foi pensada em função dessa diversidade, como forma de trazer a riqueza da música preta”, explica a idealizadora do evento Gabi Rabelo.
Dona da marca Use Afro, Gabi criou o festival para promover empreendimentos como o seu. “O desfile acontece para destacar as marcas pretas de BH.”
Já a alimentação do evento ficará a cargo do Malewa Foods, restaurante e coletivo de mulheres imigrantes de diferentes regiões da África, que fazem pratos típicos de países como Congo, Senegal e Angola.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Tetê Monteiro
FESTIVAL AFRODAY
• Neste domingo (12/11), a partir das 13h, no Imperador BH (Rua Paru, 761, Renascença). •Ingressos: R$ 25 (2° lote).
•Informações: @afroday (Instagram).
•Informações: @afroday (Instagram).
Outras atrações
>>> CHEIA DE MANIAS
O carnaval se aproxima e o Bloco Cheia de Manias começa os ensaios neste domingo (12/11), às 14h, no Casa Fúnebre Bar (Rua Taquaril, 30, Saudade). No repertório, sucessos do grupo Raça Negra e pagodes da década de 1990. Atualmente, o bloco aceita inscrições para participar da percussão. Entrada gratuita. Informações: @blococheiademanias (Instagram).
>>> BH SOUL BLUES
O festival encerra a sua 15ª edição neste sábado (11/11), a partir das 15h, no Galpão 54 (Rua Francisco Soucasseaux, 54, Lagoinha). Como atrações, a Minas Soul Blues Company, Ivan Resende Trio com o músico argentino Nico Fami, Otávio Rocha, guitarrista da Blues
Etílicos, e o grupo paulista Netto Rockfeller.
Ingressos: R$ 60 (inteira) pela plataforma Gofree.
>>> PINK FLOYD REUNION
Em espetáculo inédito, a banda cover Pink Floyd Reunion apresenta o show “Live at Pompeii & Dark side o f the moon: 50 anos”, em comemoração ao cinquentenário do álbum emblemático do grupo britânico “Dark side of the moon” (1973). O documentário “Pink Floyd: live at Pompeii” (1972) será exibido na íntegra e o cenário do show original será reproduzido. As apresentações acontecem na terça (14/11), às 21h, e quarta (15/11), às 19h, no Cine Theatro Brasil Vallourec (Av. Amazonas, 315, Centro). Ingressos: R$ 130 (inteira, plateia 1, 2° lote) e
R$ 100 (inteira, plateia 2, 2° loteI), na bilheteria local ou pelo Eventim. Informações: (31) 3201-5211.
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