Jout Jout vive em crise e adora falar sobre isso. Ela, aliás, não vive sem uma crise. “Sou feita de crises. Isso é o que me alimenta todos os dias, é o que me faz levantar e fazer coisas, são minhas crises amadas”, avisa a youtuber. Pois as crises são tão amadas que mereceram um livro. Tá todo mundo mal é a estreia literária de Jout Jout. São 46 crises que podem ir de uma besteirinha qualquer — como a dúvida sobre ir a uma festa ou ficar debaixo do edredom quentinho — a algo mais sério, que trata de vida profissional ou sexo.
Tudo começou com o vídeo do Batom vermelho, no qual Jout Jout fala de relacionamentos abusivos. Publicado em fevereiro de 2015, obteve mais de 2 milhões de visualizações e abriu uma nova janela na trajetória da youtuber: várias editoras sugeriram que fizesse um livro. Ela ficou para lá de emocionada — antes, claro, de ter mais uma crise, como conta o namorado Caio no prefácio de Tá todo mundo mal.
Adolescente, Jout Jout fez um teste vocacional cujo resultado apontou produção editorial como um trabalho adequado às suas habilidades. Desde então, fantasiava como seria trabalhar em uma editora. Quando cursava a graduação, descobriu uma editora vizinha à faculdade, escreveu uma longa carta com os motivos pelos quais queria trabalhar na empresa e conseguiu o emprego. Era um sonho de infância. Ficou por lá menos de dois anos antes de ter uma crise de “escritório”, pedir demissão e ir trabalhar no salão de beleza da mãe. Mas escrever, isso era um sonho bem maior. “Sabe adolescência, que você tem o sonho de ser escritora e aí pensa ‘não vou conseguir, é muito difícil’, e de repente editoras te procuram e você fala ‘talvez não seja muito difícil’?”, conta a escritora, ao lembrar a reação ao receber os telefonemas.
A mesma linguagem usada nos vídeos pontua os textos da niteroiense de 25 anos formada em jornalismo que descobriu na internet um canal de comunicação hoje com mais de 800 mil inscritos. “Não é um livro que já tinha em casa, foi uma coisa construída depois. É lembrança de tudo não só adolescência, tem vida adulta também. Embora essa coisa de adulto seja uma coisa muito relativa”, explica Jout Jout. Ela não sabe bem por que é relativo, mas tem certeza que Tá todo mundo mal conversa com públicos de todas as idades, da menina de 13 anos à avó de 67. A intenção foi, sobretudo, que leitoras e leitores se identificassem.
Tudo começou com o vídeo do Batom vermelho, no qual Jout Jout fala de relacionamentos abusivos. Publicado em fevereiro de 2015, obteve mais de 2 milhões de visualizações e abriu uma nova janela na trajetória da youtuber: várias editoras sugeriram que fizesse um livro. Ela ficou para lá de emocionada — antes, claro, de ter mais uma crise, como conta o namorado Caio no prefácio de Tá todo mundo mal.
Adolescente, Jout Jout fez um teste vocacional cujo resultado apontou produção editorial como um trabalho adequado às suas habilidades. Desde então, fantasiava como seria trabalhar em uma editora. Quando cursava a graduação, descobriu uma editora vizinha à faculdade, escreveu uma longa carta com os motivos pelos quais queria trabalhar na empresa e conseguiu o emprego. Era um sonho de infância. Ficou por lá menos de dois anos antes de ter uma crise de “escritório”, pedir demissão e ir trabalhar no salão de beleza da mãe. Mas escrever, isso era um sonho bem maior. “Sabe adolescência, que você tem o sonho de ser escritora e aí pensa ‘não vou conseguir, é muito difícil’, e de repente editoras te procuram e você fala ‘talvez não seja muito difícil’?”, conta a escritora, ao lembrar a reação ao receber os telefonemas.
A mesma linguagem usada nos vídeos pontua os textos da niteroiense de 25 anos formada em jornalismo que descobriu na internet um canal de comunicação hoje com mais de 800 mil inscritos. “Não é um livro que já tinha em casa, foi uma coisa construída depois. É lembrança de tudo não só adolescência, tem vida adulta também. Embora essa coisa de adulto seja uma coisa muito relativa”, explica Jout Jout. Ela não sabe bem por que é relativo, mas tem certeza que Tá todo mundo mal conversa com públicos de todas as idades, da menina de 13 anos à avó de 67. A intenção foi, sobretudo, que leitoras e leitores se identificassem.
Tá todo mundo mal
De Jout Jout. Companhia das Letras, 160 páginas. R$ 29,90