Jornal Estado de Minas

conhecendo a cozinha

Antigo Era Uma Vez Um Chalezinho está de volta à cena noturna dos mineiros

Novidade na La Vera, a pizza frita tem versão doce com creme de avelã e ricota - Foto: Kellen Pavão/Divulgação 

 

Era uma vez uma casa de fondue, dentro de um chalé, que marcou a vida noturna dos mineiros. Esta história, que começou há 40 anos, tem continuação a partir desde mês. O antigo Era Uma Vez Um Chalezinho está de volta, no mesmo lugar, agora com o nome Vila Chalezinho. A casa ficou fechada por quase 10 anos, aguardando a construção do prédio comercial no terreno, que fica no Vila da Serra, em Nova Lima. Com vista para o Vale do Sereno, o prédio de três andares tem cara moderna, mas por dentro a decoração segue o estilo de Campos do Jordão e Gramado, resgatando todo o aconchego de antigamente. Luz baixa, lareira e piano de cauda vindo dos Estados Unidos vão compor o ambiente. “Dizem que fondue é de inverno, mas, se você entra no clima, come no verão também. Investimos na ambientação para fazer valer a ideia”, pontua o fundador do Grupo Chalezinho, Antônio Augusto Marcellini.

O cardápio terá pratos clássicos suíços e franceses, como Steak à Diana (bife ao molho de mostarda dijon) e Boeuf a Bourguignon (ensopado de carne em vinho tinto), mas o fondue continuará como o grande destaque. Antônio contabiliza mais de 100 receitas diferentes, servidas e aprovadas nas duas unidades do Vila Chalezinho em São Paulo (a primeira está na ativa desde 2001). A versão original de fondue, mesma servida nos Alpes Suíços, com os queijos emmental, gruyère e maasdam, tem como acompanhamentos filé-mignon, couve-flor crocante, batata canoa, entre outros. Na parte doce, frutas, marshmallow e churros podem ser mergulhados em doce de leite mineiro e chocolate meio amargo. O Vila Chalezinho terá, ainda, uma carta extensa de vinhos. A reinauguração está marcada para o dia 23, a partir das 17h, em esquema especial. É preciso fazer reserva pelo (31) 99519-0011.

 

 

 

Pizza versão frita

Dinâmico, criativo e inovador.

Adjetivos que definem bem o italiano Leonardo Fontanelli e também o cardápio da sua pizzaria La Vera. A cada visita, os clientes são surpreendidos com uma novidade. Desta vez, é a pizza frita, receita bastante incomum para os belo-horizontinos. O chef pizzaiolo utiliza a massa de biga, produzida a partir de uma técnica de panificação em que a própria massa vira fermento. Ao fim do processo, que dura três dias, ela fica mais leve, crocante e perfumada. Na hora de fritar, é bem rápido. O disco de massa vai para panela com óleo, como se faz em casa, e em poucos segundos fica toda estufada. “Como o processo é bem artesanal, só faço este produto três dias por semana.
Frito a massa com calma, jogando óleo com colher, para ela ficar bem sequinha”, explica. Logo depois, entram o molho de tomate italiano cozido por três horas (com um dente de alho e nada mais), orégano, parmesão ralado e manjericão. Fontanelli prefere os sabores clássicos, por isso a versão doce da pizza frita também tem poucos ingredientes. Na verdade, dois: creme de avelã e ricota. Outra novidade curiosa do cardápio é a massa com farinha de farro, grão da região da Toscana, de onde veio o chef. O italiano sugere experimentá-la no calzone recheado com endívia, ricota, pinoli, anchova, uva-passa e azeite extravirgem e nas pizzas sem molho de tomate (para não esconder o sabor do farro), como a Dolce Arista, que leva lombo em conserva, búfala perfumada com raspas de laranja, manjericão e mel quente com gengibre. “Para mim é um orgulho usar um produto que lembra a minha região”, confessa Fontanelli, que está cuidando dos últimos pacotes da farinha “como se fosse ouro”.

 

Festival histórico

Pratos que contam histórias. As receitas criadas para esta edição do Diamantina Gourmet comemoram os 10 anos do festival e os 20 anos de tombamento da cidade como patrimônio cultural da humanidade. Por isso, os participantes tiveram que usar ingredientes locais para homenagear personagens históricos. Os garimpeiros são lembrados na paella do Catedral Pub, que buscou os sabores da região em linguiças artesanais, feijão andu e palma do inferno, tipo de cacto muito comum por lá.

“Dá para comer até crua em saladas, mas dou uma refogada e coloco por cima do arroz”, conta o chef Edson Puiati. Já Chica da Silva está representada pela releitura do fubá suado do Relicário Gastronomia, com linguiça artesanal de pernil ao molho de tamarindo, ovo frito, bacon, queijo artesanal de Diamantina, serralha e castanha de caju. Os pratos serão servidos entre 27/10 e 17/11. Mais informações sobre o festival em www.facebook.com/diamantinagourmet. 

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