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Estado de Minas NOVIDADES NA CIDADE

Xodó, a mais antiga hamburgueria de BH, apresenta novo cardápio, mantendo os clássicos

Entre as novidades, hambúrgueres com ingredientes que carregam regionalidade, como queijo canastra e molho de jabuticaba


postado em 15/12/2019 04:00 / atualizado em 13/12/2019 15:42

O Xodó premium ganhou sabores mineiros com barbecue de goiabada e queijo canastra(foto: Thobias Almeida/Divulgação)
O Xodó premium ganhou sabores mineiros com barbecue de goiabada e queijo canastra (foto: Thobias Almeida/Divulgação)

Rua Gonçalves Dias com Avenida João Pinheiro. A esquina que marcou a história de Belo Horizonte, ponto de tantos encontros e lanches memoráveis está de cara nova. Desde o ano passado, o Xodó, primeira hamburgueria da cidade, com vista privilegiada para a Praça da Liberdade, vem passando por um processo de reestruturação e agora reabre oficialmente sob nova direção. Três mulheres se uniram para reposicionar a marca no circuito gastronômico da cidade.
 
Juliana Motti é amiga de infância de Ana Paula Bragança e casada com o irmão de Maria Helena Pereira. Foi o marido dela quem descobriu que a marca Xodó estava à venda e iniciou as negociações. Uma das condições dos antigos donos era não mudar o nome. “Passou um filme na minha cabeça, de quando meu pai me levava ao Parque Municipal aos domingos e depois no Xodó para tomar milkshake ou comer um sanduíche”, conta Juliana.
 
No almoço executivo, uma releitura do famoso Kaol, com linguiça, tutu de feijão, torresmo e ovo frito(foto: Thobias Almeida/Divulgação)
No almoço executivo, uma releitura do famoso Kaol, com linguiça, tutu de feijão, torresmo e ovo frito (foto: Thobias Almeida/Divulgação)
 
Quando assumiram a marca, há um ano, as sócias encontraram um cenário desolador. “A loja estava suja, abandonada e com produtos de péssima qualidade”, relembra Maria Helena. O imóvel, tombado, passou por uma grande reforma, sem descaracterizar a fachada. As novas donas também modernizaram os displays, reformularam o cardápio e a proposta da marca.
 
O novo slogan resume todas as mudanças: “Mais que fast, é food”. O Xodó se distancia do conceito de fast food investindo em qualidade. “Trabalhamos com produtos selecionados e frescos”, aponta Juliana. A carne é um bom exemplo. Hoje, todos os hambúrgueres são produzidos dentro da loja, com a exceção do de linguiça. “A experiência é outra quando a carne tem sabor e nenhum aditivo químico. A ideia era voltar a ter identidade.”
 
Na nova fase, o Xodó está mais para fast casual. Isso significa dizer que a hamburgueria combina produtos de qualidade com ambiente agradável, preços atrativos e cuidado no preparo. Os hambúrgueres não saem mais em cinco minutos, já que tudo é finalizado na hora. O cliente faz seu pedido e espera ser chamado com uma senha.
 
Um chef foi contratado para dar nova cara ao cardápio. Um dos pedidos das sócias era inserir Minas nas receitas do Xodó. Juliana sentiu esta necessidade quando viu uma turma da Bahia desistir de comer lá por não encontrar nada mineiro. “Isso não pode acontecer. Estamos em um ponto turístico muito visitado e temos que trabalhar com ingredientes mineiros”, diz.
 
O regionalismo ganha força com o Trem bão, inspirado no famoso pão com linguiça das lanchonetes de beira de estrada. O sanduíche une pão francês, linguiça suína aberta, queijo, cebola caramelizada e salada. As outras novidades mineiras são a compota de jabuticaba no Meu Xodó e o molho barbecue de goiabada e o queijo canastra no Xodó premium.
 
Vários clássicos foram mantidos, mas com algumas alterações. No Xodó burguer, o molho da casa (à base de maionese) substitui catchup e mostarda, assim como pimentão em lâminas e cebola caramelizada entram no lugar do vinagrete. Já o Frango chic, um dos sanduíches mais vendidos, passa a ser servido no pão francês e o Beirute tem novo molho, o chimichurri.

MILKSHAKE Xodó é sempre lembrado pelo milkshake com caldas artesanais de frutas, que não são encontradas em outro lugar. As receitas são as mesmas, só que com menos açúcar. Abacaxi, ameixa e maracujá são os sabores originais que continuam em produção.
 
Ao longo dos seus 57 anos, a hamburgueria passou por muitas transformações. O almoço executivo, por exemplo, está no cardápio desde os anos 1990. O estrogonofe de frango foi o único prato que ficou, por ser o campeão de vendas. O Xodó mineiro, versão do famoso kaol do Café Palhares, com linguiça, tutu de feijão, torresmo, couve e ovo frito, promete fazer sucesso. Outras novidades são dois pratos com tilápia, espaguete e frango à parmegiana.
 
“Vejo muitos clientes felizes de ver que o Xodó não vai acabar. Isso nos traz uma alegria muito grande. Continuar o legado de uma marca tão importante, um lugar cheio de histórias e sentimentos, é uma realização”, pontua Ana Paula, que adianta os planos de fazer o Xodó crescer de novo. A marca já teve seis lojas, inclusive em shoppings.
 
Enquanto não encontram novos endereços, as sócias se preparam para abrir uma cafeteria na área da loja que fica exatamente de frente para a Praça da Liberdade. A ideia é ter um cardápio bem mineiro, com pão de queijo, broa de fubá e café coado.

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