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Duas das mais amadas receitas brasileiras são lançadas em versões exageradamente grandes


O que é bom pode ficar ainda melhor em versão ampliada. Coxinha e brigadeiro, clássicos das festas brasileiras, dão o ar da graça na pandemia pesando mais de 1kg. Dois bufês de Belo Horizonte, que estão acostumados a fazer comida para muita gente, tiveram a mesma ideia: adaptaram as receitas, uma salgada e outra doce, para pequenos encontros em casa com altas doses de humor. Além de conquistar pelo sabor, a coxuda e o brigadeirão, como são chamados pelos autores, divertem quem está ao redor.




 
Na lida com delivery e encomendas, Agnes Farkasvolgyi, do bufê Bouquet Garni, entendeu que o cardápio precisava ser dinâmico e criativo. Perto do Dia dos Pais, ela decidiu oferecer aos clientes algo over. “Quando chega essa data, sempre me lembro do meu marido, que gosta muito de comer. Ele fala que queria fazer igual ao personagem Obelix: comer uma perna de javali sozinho.” Assim nasceu a coxuda, nome dado a uma enorme coxinha, que pode ter 1kg ou 2kg. Para se ter uma ideia, uma coxinha no tamanho padrão pesa de 15g a 20g.
 
Por enquanto, o bufê só faz uma opção de sabor, o clássico frango com catupiri e o toque da chef (raspas de limão na hora de finalizar o recheio). Foi preciso ajustar na receita a proporção dos ingredientes para que a coxuda se mantivesse íntegra, mas sem excesso de massa. “Não adiantava fazer um recheio só com frango. Então, no fim das contas, mandamos uma dose extra de catupiri para aquecer no micro-ondas e ir regando.” Já a coxinha gigante, que vai embrulhada para presente como um ovo de páscoa, deve ser aquecida em fritadeira elétrica ou forno convencional.
 
A coxuda vira um acontecimento na casa dos clientes, já que todos se divertem com a cena absurda. A sugestão é comer com garfo e faca, mas há quem se arrisque com generosas mordidas. “Tenho essa proposta de brincar com a comida, de fazer algo lúdico, mas o mais importante era o sabor e a massa crocante, acho isso fundamental numa coxinha. Se ela não fosse gostosa, não continuaria fazendo sucesso”, comenta. Os vegetarianos reivindicam o recheio de banana com queijo, outros querem camarão. Os testes continuam e Agnes avisa que, na páscoa, os “ovos” salgados estão garantidos.




 

Brigadeiro nada convencional

 
Reconhecido pela inventividade, o Bravo Catering criou pela primeira vez um brigadeiro, mas que não é nada convencional: tem tamanho família. “É a nossa maneira de fugir do brigadeiro individual, que é a grande paixão do brasileiro, levando humor para a casa dos clientes. Quando vamos para a cozinha, queremos surpreender as pessoas”, diz o sócio e chef André de Melo. Com peso de 1,1kg, o enorme brigadeiro tem cacau e chocolate na massa, o que resulta em um sabor equilibrado. Para ficar com esse formato, ele precisa descansar de um dia para o outro na geladeira.

O brigadeiro do Bravo não é incomum apenas pelo tamanho. Se o cliente quiser, ele pode ir acompanhado de uma peça de cerâmica, desenvolvida artesanalmente na medida do doce e com formato que lembra a forminha tradicional. Orienta-se tirar da geladeira um pouco antes de servir para voltar à textura adequada e depois comer com colher. Outro acessório opcional é a colher de prata com a frase “Good food is a human right” (em português, Comida boa é um direito da humanidade). Além do chocolate, há mais dois sabores disponíveis: pistache e paçoca.
 
Os brigadeiros gigantes fazem parte de uma nova coleção de doces do bufê, que, no momento, são comercializados por encomenda, mas serão mantidos no cardápio de eventos. “Pensamos em produtos para presentear ou confraternizar, que criam uma experiência diferente. É como se fosse uma comida de festa dentro da sua casa”, comenta. Os outros lançamentos são barras recheadas de chocolate de 1kg e bolos com casca crocante de chocolate (um deles tem recheio de doce de leite, chocolate branco e laranja). Esses podem ser vendidos com tábuas de pedra.