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Mãe e filhas criam antepastos que vão da entrada ao prato principal

A pasta de tomate seco com nozes se transforma em recheio de terrine de queijo, que ainda tem compota de tomate por cima (foto: Di Oliva/Divulgação)

Antepasto, em italiano, significa o que se come antes do prato. Ou, para a família Arraes, é tudo o que não pode faltar na mesa. Gracinha, Talita e Tatiana, mãe e filhas, sempre tiveram o hábito de se encontrar em noites de vinho e antepastos, um diferente a cada dia. Agora, elas compartilham as receitas com a Di Oliva Antepastos Artesanais, empresa familiar que leva sabor e praticidade aos clientes.




 
Gracinha é designer de interiores e também cozinheira de mão cheia. Como diz Talita, tudo o que ela faz fica delicioso. Nos encontros, realizados todo fim de semana, a mãe sempre aparece com uma receita diferente. Um dia, Tatiana deu a ideia: por que não fazer para vender?. Assim nasceu a Di Oliva, que uniu as mulheres da família na cozinha.
 
Não é de hoje que Gracinha gosta de reproduzir pratos interessantes que experimenta em viagens, restaurantes e na casa de amigos. Muda um ingrediente, acrescenta um tempero, repensa a proporção e vai adaptando a receita até chegar ao que mais agrada ao seu paladar. Esse hábito, somado às ideias das filhas, ajudou na construção do cardápio da Di Oliva.
 
“Todas as nossas receitas são resultado de alguma experiência que tivemos. Nenhuma buscamos na internet. A partir do que comemos em algum lugar, temos as ideias”, pontua Tatiana, que, assim como Talita, é servidora pública, mas confessa que se realiza mesmo na cozinha. O pai, economista com paladar apurado, participa de todos os testes e ainda cuida da parte financeira.




 
 
Lançada em dezembro, a marca começou com nove antepastos, hoje já são 13 e o plano é aumentar ainda mais o mix de produtos. Sempre tentando fugir do básico. “Selecionamos receitas diferentes (que você não acha em qualquer lugar), práticas e saborosas. Além disso, os nossos produtos são bastante versáteis, podem ser servidos tanto como entrada quanto prato principal”, observa Talita. Todos são preparados com azeite extravirgem.
 
Em vez de manjericão, que é o mais comum, o trio utiliza salsa para fazer o pesto catalão e coentro para o pesto mediterrâneo. Ambos permitem várias combinações. Dá para comer com torradas ou incrementar uma burrata. Quem preferir pode usá-los para levar sabor a massas, risotos e carnes. Ou ainda incluir no recheio de sanduíches.
 
Apesar de muita gente torcer o nariz para o coentro, o pesto mediterrâneo, que, segundo as criadoras, combina muito bem com peixes e frutos do mar, surpreende. “Dois produtos que quebram regras são o pesto de coentro e a caponata de jiló. Todo mundo que prova, mesmo quem diz que não gosta, adora”, conta Gracinha. O jiló passa por cozimento em vários temperos e fica com sabor diferente.




Cores diferentes

O aliche serve como base para dois antepastos: alichela e sardela (que originalmente é feito com sardinha, mas, depois de testes, elas garantem que ficou mais saboroso com o outro peixe). A diferença está na escolha dos outros ingredientes, que resulta em cores diferentes. Enquanto a alichela é verde, porque leva alcaparras, azeitonas e salsa, a sardela tem base vermelha, com pimentão e tomate.
 
A ideia da tapenade surgiu depois de uma viagem à Itália. Gracinha comeu em uma vinícola e, quando voltou para casa, foi para a cozinha reproduzir a receita. Acabou criando duas versões: uma verde, com azeitona verde e nozes, e outra negra, com azeitona preta e pimenta dedo-de-moça. Já o antepasto de tomate seco com nozes ela conheceu através de um chef de Tiradentes.

As receitas sempre ganham um toque diferente. Para fazer a geleia de pimenta, elas usam quatro variedades (biquinho, dedo-de-moça, cambuci e maria-bonita). Já o tomate confit não é partido ao meio. “Tem gente que faz com o tomate aberto, mas achamos uma delícia quando ele está inteiro e estoura na boca”, destaca Talita. A cebola caramelizada, um dos antepastos mais vendidos, é feita com a variedade roxa e açúcar mascavo.




 
Completam o cardápio o alho confit e a compota de tomate, que é doce e apimentada ao mesmo tempo. Pode fazer companhia a queijos e carne de porco, elas indicam.
 
Como o nome da empresa diz, todo o processo é bastante artesanal. Mãe e filhas compram os ingredientes sempre frescos e passam o resto da semana em produção, que chega a se estender pela madrugada. Usam a cozinha de Gracinha, onde dividem as tarefas e aproveitam para colocar o papo em dia. “Fazemos tudo tão artesanal que a minha mãe vai colocando tempero por tempero nos potinhos. Faz a montagem na maior paciência”, descreve Tatiana.

Serviço

Di Oliva Antepastos Artesanais
(31) 3309-5297 

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