Tem chocolate e leite condensado, mas não é brigadeiro. O formato e a textura são de doce de leite de corte, mas não estamos falando de uma receita mineira. De origem inglesa, o fudge é um doce que pode ter vários sabores e derrete na boca.
“São pedacinhos de felicidade”, define Taís Castro, a idealizadora da chocolateria de Belo Horizonte especializada nesses quadradinhos cremosos. Não por acaso, o negócio tem o nome de Happy Fudge.
Taís é filha de confeiteira, cresceu entre trufas e brigadeiros e se tornou uma grande fã de doces. Conheceu o fudge em uma viagem a Londres, visitou várias lojas e nunca mais teve oportunidade de comer.
Até que, no ano passado, encontrou na internet uma receita e fez para as duas filhas experimentarem. Ao ver a reação delas comendo, pensou que gostaria de levar felicidade para mais pessoas e teve a ideia de fazer para vender.
Originalmente, o fudge é uma mistura de leite, açúcar e manteiga. Taís buscou muitas referências da Inglaterra e optou por fazer uma versão simplificada, tanto em relação aos ingredientes quanto no preparo. A sua receita leva chocolate e leite condensado e vai ao micro-ondas para chegar ao ponto ideal. É como os ingleses fazem em casa.
“Não tem segredo nenhum, é um doce muito simples de fazer, mas que enche os olhos”, comenta Taís, que, durante o dia, trabalha como geóloga na área de mineração. A produção dos fudges se concentra no horário da noite e ela conta com a ajuda das filhas, Maitê, de 12 anos, e Maísa, de 8.
Quinze sabores disputam a nossa mordida. Fica até difícil de escolher. Para dar uma ajudinha, Taís conta que os mais vendidos são os de limão siciliano e caramelo salgado.
Quem gosta de sentir sabores frutados pode pedir os de damasco, coco e maracujá. Já doce de leite, café e paçoca são opções mais festivas, como define a marca. No cardápio, também há receitas alcoólicas, das quais fazem parte, por exemplo, uísque e licor de cereja.
Cremosidade envolvente
Quando você morde o fudge, sente instantaneamente uma cremosidade envolvente. Para definir essa tal cremosidade, Taís usa o doce de leite de corte como referência.
Mas ela lembra que o sabor predominante é de chocolate (branco ou preto), combinado com outro ingrediente. Se forem castanhas (do-pará e de-caju), nozes ou avelãs, a experiência se completa com o contraste da crocância.
Os quadradinhos são vendidos em caixas com tamanhos variados: você escolhe os sabores e monta a sua combinação preferida.
Taís também faz por encomenda fudge retangular (como uma barra de chocolate) ou em formato de minitorta. Os clientes costumam pedi-los para servir como sobremesa de um almoço ou jantar. Assim, cada um corta o seu pedaço.
O fugde ainda é pouco conhecido no Brasil. A maioria das pessoas nunca ouviram falar do doce e são atraídos inicialmente pela curiosidade. Com a chocolateria, Taís quer apresentá-lo a mais e mais mineiros e mostrar que a felicidade pode estar em quadradinhos.
“Queremos deixar a vida das pessoas mais doce e mais feliz”, resume. Por isso, a carinha feliz acabou virando a marca da Happy Fudge.
A empresa abrirá sua primeira loja no Mercado de Origem, no Bairro Olhos D’Água, previsto para inaugurar até o fim do ano. Taís espera realizar o sonho de fazer com que o fudge seja mais consumido.
“Li uma reportagem que contava a história de uma senhora que faz fudge nos Estados Unidos há 40 anos e me encontrei nas palavras delas: ninguém acorda querendo comer um fudge, mas, quando você se encontra com ele, sente o cheiro e vê os quadradinhos, não resiste.”
Serviço
(31) 99466-9999