Juliana Ribeiro fala com tanta paixão sobre a sua farofa que não tem como resistir a uma garfada. Na boca, dá para sentir tudo o que ela descreve. Grãos de soja e farinha formam uma combinação crocante e temperada, que está pronta para incrementar todo tipo de comida. Ou até mesmo ser consumida sozinha. “Sou muito apaixonada por essa farofa. Ela surpreende pela crocância, pelo sabor e pela praticidade”, aponta a criadora da marca Dona Farofa.
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Quando Juliana perdeu o emprego, há quatro anos, a tal farofa veio logo à sua cabeça: por que não fazer para vender a receita curinga, que tinha virado companhia de toda hora? Ela nunca tinha trabalhado com gastronomia, mas sempre gostou de cozinhar. Aliás, ela gosta mesmo é de inventar receitas (arroz com feijão não é muito a sua praia).
Farinha de mandioca flocada (ou farinha biju) e proteína texturizada de soja (grãos conhecidos como “carne” de soja) se misturam a um tempero artesanal à base de cebola torrada. E é essa combinação que deixa a farofa crocante e saborosa.
São poucos ingredientes, mas, juntos, surpreendem. “As pessoas estão acostumadas com farofas bem recheadas, com bacon, calabresa, ovo, cenoura, uva-passa, azeitona, mas a nossa traz a surpresa justamente pela simplicidade. Você abre o pacote e já pode colocar no prato”, destaca.
Com o tempo, Juliana foi incrementando a receita e deixando aflorar seu lado inventivo. A mesma base já se desdobrou em outros três sabores: picante (com pimenta calabresa), gergelim branco e preto torrados (que ficou ainda mais crocante e rapidamente virou campeã de vendas) e amendoim.
A ideia de fazer uma opção doce surgiu porque uma das suas irmãs gostava de comer a farofa tradicional com mel. Depois de alguns testes, ela incorporou paçoca à receita.
Farinha de milho
Há também uma versão da Dona Farofa com farinha de milho. “Meus pais são baianos, então sempre comi farinha de mandioca, mas tenho paixão pela de milho. Acho linda, delicada e a cara de Minas”, justifica a paulista, filha de uma cozinheira “de mão cheia”.
Como uma comida democrática, a farofa não impõe regras. Pode ser consumida no café da manhã, almoço e lanche.
Juliana ajuda a ampliar as possibilidades de consumo, sugerindo adicioná-las em saladas, macarrão ao alho e óleo, caldos e sopas, por cima de creme de açaí, sorvete e banana com mel. Outra ideia é colocar em estrogonofe e cachorro-quente para substituir a crocância da batata-palha.
No caso específico da farofa de milho, ela acha que combina mais com pratos caldosos, como frango ensopado, carne de panela e moqueca de peixe.
Felicidade para Juliana é saber que os clientes estão usando as farofas das formas mais inesperadas. Por exemplo, a de amendoim já virou tempero para a costelinha de porco do churrasco e cobertura para um bolo de banana com chocolate.
Ela também se sente realizada por levar alegria às pessoas com uma receita genuinamente brasileira e que está sempre à mesa para ser compartilhada. “Tenho muito orgulho de ser farofeira”, brinca.
Serviço
(31) 99394-7188