Jornal Estado de Minas

NOVIDADES A CAMINHO

Conheça bares e restaurantes que serão inaugurados nos próximos meses


O que esperar do ano que acaba de começar? Muitas novidades, podem aguardar. Enquanto uns estão em ritmo de férias, outros encaram obra, criação de cardápio e treinamento de equipe. São chefs e empresários que trabalham para que, já nos próximos meses, os belo-horizontinos tenham mais opções de bares e restaurantes.



A seguir, eles contam quais são os seus projetos para 2023.


Para os sócios do japonês Kanpai, 2023 será o ano de concretizar um plano adiado por causa da pandemia. O negócio, que começou como bufê para eventos e se consolidou como restaurante, abrirá sua segunda unidade, no próximo mês, em uma casa centenária no Lourdes.

“Hoje temos muito mais leveza e prazer nessa vida de empreender. Que o novo ano seja de muito aprendizado”, destaca Lucas Oliveira, que comanda a marca ao lado de Guilherme Xavier e Adair Silva.

No início de 2020, eles se preparavam para dar o primeiro passo rumo à expansão. Faltava só assinar o contrato de aluguel. Mas aí a pandemia chegou e os obrigou a recuar.

Os sócios do Kanpai, Adair Silva, Guilherme Xavier e Lucas Oliveira, preparam-se para abrir uma segunda unidade no próximo mês (foto: Victor Schwaner/Divulgação )

O plano de abrir mais uma unidade voltou a ser assunto há seis meses, quando surgiu um ponto que fez o olho brilhar.



A casa de três andares, que é tombada, fica na Rua Tomás Gonzaga, esquina com Rio de Janeiro. Tem área externa, assim como a loja do Sion. O arquiteto Cristiano Sá Motta é quem assina o projeto. O andar de cima deve ser transformado em espaço para eventos.

Com a inauguração, o Kanpai vai apresentar um novo conceito gastronômico. Lucas adianta que a ideia é extrapolar as fronteiras do Japão para oferecer uma cozinha oriental mais abrangente e, por que não, ousada.

O cardápio terá mais pratos quentes, peixes além do salmão e novos ingredientes, incluindo as frutas do pomar que já existe no quintal da casa e verduras e legumes da nova horta.

“Estávamos sentindo falta de uma sacolejada e apostamos que esse próximo passo vai trazer novidades, para nós e para o público”, diz Lucas, lembrando que o Kanpai foi o primeiro restaurante de BH a ter cardápio digital.



Aos poucos, a unidade do Sion se adaptará ao novo conceito da cozinha.

Boteco dos sonhos

Djalma Victor segue a regra dos três c's no trabalho: começar, continuar e concluir. O chef não vê a hora de chegar à terceira etapa do projeto de ter um boteco, que é um sonho antigo.

Ainda sem nome, o boteco do Djalma Victor terá acarajé na porta, negroni no filtro de barro e muitas opções de PF (foto: Francisco Dumont/Divulgação )

“Boteco tem muito a ver com o que acredito na gastronomia e fiquei pensando muito que precisava abrir um lugar que tivesse a minha cara”, destaca.

Ainda sem nome, o boteco do Djalma vai funcionar em uma portinha no Lourdes. As obras começam este mês e a expectativa é inaugurar até o carnaval, que será entre 17 e 22 de fevereiro. Terá pouquíssimas mesas, já que o chef quer resgatar o comer e beber em pé.



Seu plano é vender acarajé na porta. O cardápio terá petiscos como almôndegas, croquete, pastel e lambari frito e muitas opções de prato feito (PF).

O chef quer voltar a servir cerveja em garrafa de 600ml e está desenvolvendo com a Yvy destilaria uma receita exclusiva de negroni para servir no filtro de barro. Além disso, o café será coado na mesa.

“Gosto de boteco por ser um negócio descolado e mais informal”, aponta Djalma, que já tem experiência de restaurante com o Osso e o Rotisseria Central. Inaugurado no ano passado, o bufê Quin tem uma cozinha para eventos, que também funciona como laboratório de receitas do chef.

Cozinha ítalo-mineira

Quem também está ansioso para realizar um sonho é Fúlvio Motta. Há mais de um ano, ele vem desenvolvendo o projeto do restaurante Brava.

“Vou fazer o que sempre sonhei, que é trabalhar com cozinha italiana, valorizando o nosso terroir. O pesto será de ora-pro-nóbis e castanha de baru, por exemplo”, conta o chef, que é descendente de italianos e herdou da família a paixão pela cozinha.




 
Depois de gim e uísque, a Sátira planeja lançar, ainda no primeiro trimestre, sua vodca (foto: Victor Schwaner/Divulgação )
 
Previsto para inaugurar este mês, o restaurante fica em uma área de 2,7 mil metros quadrados no condomínio Vila Castela, em Nova Lima.

De lá, os clientes poderão contemplar a fauna e a flora da mata atlântica, já na transição para o cerrado mineiro. O espaço terá vários ambientes, entre eles o salão principal com lareira, varanda coberta e deck com teto retrátil.

Dentro do contexto italiano, a cozinha vai se dividir em quatro: trattoria (risotos, pastas, pães artesanais, frutos do mar e carne), braseiro (cortes nobres de carne e frutos do mar na brasa), forneria (pizzas e calzones feitos com farinha italiana em forno à lenha) e assados de colônia (como porco no rolete e costela na brasa).



Aos domingos, ainda será oferecido um cardápio de brunch.

“Estou muito otimista para este ano com a retomada do trabalho”, comenta Fúlvio, que, durante a pandemia, teve que encerrar as atividades do Verano. Com o fôlego recuperado, ele pretende reabrir seu restaurante anterior, que funcionou por 12 anos.

Mudança de rota

Se 2022 ficou marcado por uma mudança radical de rota, 2023 será o ano da consolidação da nova Sátira.

A marca deixou de ser cervejaria para se estabelecer como rede de bares e restaurantes e começa o ano com várias ações para reforçar seu reposionamento. Entre elas, implementar nova identidade nas casas, ampliar a linha de destilados e expandir para outros estados.

Além de pratos japoneses, como o sushi de polvo, o Kanpai passará a oferecer uma cozinha oriental mais abrangente (foto: Victor Schwaner/Divulgação )

Desde o ano passado, a empresa interrompeu a produção de cerveja em lata (apenas o chope permanece) para investir em destilados.



“Entendemos que o ramo de cerveja estava muito competitivo e, se continuássemos a brigar por preço com os gigantes, colocaríamos em risco o nosso negócio. Então, focamos nos bares e restaurantes”, explica o diretor administrativo e financeiro, José Roberto Oliveira.

O objetivo agora é fabricar os próprios destilados. Depois dos gins (london dry e navy) e uísque (single malt), eles planejam lançar, ainda no primeiro trimestre, a vodca. Além de estar na carta de drinques das casas, as bebidas passam a ser comercializadas por varejistas.

Nos próximos meses, será concluída a repaginação das quatro lojas (Vila da Serra, Castelo, Boulevard Shopping e Avantgarde). Assinado pela designer de interiores Beth Nejm, o projeto prevê a troca do amarelo pela cor cobre para entregar mais sofisticação.



A escolha acompanha a evolução da marca, que quer se mostrar menos jovem e mais madura. “O público continua o mesmo, mas queremos atender melhor uma parcela representativa dos clientes que esperavam um ambiente mais sofisticado”, esclarece.

A cozinha também tem sido foco de atenção nesta nova fase. Ao longo do ano passado, várias novidades entraram no cardápio, como o filé de lombo com provolone, abacaxi e geleia de pimenta.

Recentemente, eles contrataram Raphael Ramazo como chef residente, que passou a participar da criação de pratos e treinamento da equipe, em apoio ao chef consultor Fernando Castanheira.

Drinque Bonjour feito o gim Sátira (foto: Victor Schwaner/Divulgação)

Não vai demorar para a Sátira abrir mais uma unidade em BH. Os sócios já estão buscando um ponto em uma região mais central da cidade, como Lourdes, Funcionários e Savassi.



Para o segundo semestre, o plano é chegar a outros estados. São Paulo, Brasília e Goiânia estão no radar.

“Estamos extremamente animados para 2023. Queremos nos consolidar em BH e Minas Gerais e conquistar novos mercados no Brasil”, resume.

Também está na lista de metas para o novo ano retomar o festival de música Sátira, que ficou suspenso durante a pandemia.

A próxima edição está marcada para maio, no Alphaville, em Nova Lima, e terá capacidade para receber quatro mil pessoas. Samuel Rosa é uma das atrações confirmadas.

Bonjour (Sátira Gastrobar)

Ingredientes
30ml de gim; 50ml de Lillet; 20ml de suco de limão siciliano; 50ml de suco de maçã; 15ml de xarope de flor de sabugueiro; 1 ramo de alecrim; flores comestíveis; gelo a gosto

Modo de fazer
Em uma coqueteleira com gelo, adicione o gim, o Lillet, o suco de limão siciliano, o suco de maçã e o xarope de flor de sabugueiro. Bata e transfira para uma taça para conhaque com gelo. Decore o drinque com um ramo de alecrim e flores comestíveis.