O Edifício Maletta, no Centro de Belo Horizonte, é conhecido pela diversidade. Lá você encontra petisco, prato feito, hambúrguer, comida vegana. Mas faltava uma cafeteria. Rodrigo Furtini ocupou esse espaço há menos de um mês: transformou a padaria Pão do Furtini em um lugar para tomar café. Com mesas na varanda, tem vista privilegiada para a torre e os vitrais coloridos do Museu da Moda.
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Na lata: empresa de BH simplifica consumo de espumanteBar carioca em BH, Redentor comemora 20 anos com novo cardápioTaverna medieval serve banquete para comer com as mãosAntiga confeitaria italiana abre segunda loja na Praça da LiberdadeFestival de Tiradentes: oito mulheres assinam menus dos festinsHambúrguer de chef: Thomas Troisgros se inspira em receitas americanasSerra do Cipó recebe festival gastronômico da raiz ao prato durante agostoO sonho da cafeteria é antigo. Quando montou uma galeria de arte no Maletta, seu plano era ter um espaço para servir café. Mas o projeto não foi adiante. Há cinco anos, Rodrigo deixou o trabalho como designer gráfico para virar padeiro, em casa. Na pandemia, o inquilino devolveu a loja e ele levou a produção de pães para o espaço, que também virou ponto de retirada de encomendas e sala de aula.
“Todo mundo batia na porta querendo se sentar para comer. Decidi reformar a loja e aproveitei a oportunidade para atender a essa demanda. No Maletta não tinha nenhuma cafeteria”, conta Rodrigo, que sempre gostou da ideia de ocupar o prédio. Segundo ele, lá é um lugar muito democrático, que mistura desde sebo e cabeleireiro a bar e restaurante vegano, além de ser importante para a história da cidade.
A sua loja, inclusive, marcou a história da música brasileira. Nos anos 1960, funcionou como clube de jazz, o Berimbau Club, onde tocava o Berimbau Trio, formado por Milton Nascimento, Wagner Tiso e Paulo Braga. De vez em quando, alguém aparece na porta para conhecer o lugar que testemunhou o início do Clube da Esquina. Rodrigo planeja colocar uma placa para homenagear o grupo.
Quando você entra na cafeteria, já dá de cara com a vitrine. Disputam os olhares famintos pães, sanduíches e doces. Na parede do fundo, o letreiro iluminado “pão que nasce torto nunca se endireita” costuma arrancar risadas. Apaixonado por axé, Rodrigo fez essa brincadeira com a música do grupo “É o Tchan!”. O espaço interno tem três mesas e um balcão. Do lado de fora, os disputados lugares na varanda.
O cardápio muda todos os dias. Por isso, o mais recomendado é olhar o que tem na vitrine. Eles produzem tudo, diariamente, e estão sempre inventando receitas.
É quase certo que você vai encontrar o pão de queijo da casa, feito com queijo canastra, assim como os sanduíches. Tem o de focaccia com mortadela, creme de ricota e rúcula e o de baguete com salaminho temperado, creme de ricota e rúcula.
É quase certo que você vai encontrar o pão de queijo da casa, feito com queijo canastra, assim como os sanduíches. Tem o de focaccia com mortadela, creme de ricota e rúcula e o de baguete com salaminho temperado, creme de ricota e rúcula.
Toda sexta sai a fornada dos folhados, então é um ótimo dia para comer croissant. Com a mesma massa folhada, Rodrigo cria receitas de danish. Esse tipo de pão é quadrado e tem uma cavidade para colocar o recheio, que pode ser salgado ou doce. Para você ter uma ideia, já apareceram geleia de mexerica e creme de ricota com tomates confitados.
Mistura de croissant e muffin, o cruffin vai para o lado doce. Os clientes gostam muito de creme de avelã e brigadeiro de paçoca.
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Não costuma faltar o cinnamon roll (enroladinho de canela). Entre os doces, é um dos que mais fazem sucesso. “Molhamos com calda de caramelo e esquentamos na hora de servir para a pessoa comer quentinho”, explica. Também tem muita saída o bostok, pão de brioche embebido em calda de laranja com creme de castanha de caju e lâminas de amêndoas. Fica com crosta crocante e recheio suculento.Mistura de croissant e muffin, o cruffin vai para o lado doce. Os clientes gostam muito de creme de avelã e brigadeiro de paçoca.
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Pastel de Belô
Na parte da confeitaria, a criação também é livre. Um dia pode ter pavlova, no outro tartelete de chocolate com caramelo. Chama a atenção o pastel de Belém, apelidado carinhosamente de pastel de Belô. “Belém está longe, então chamamos é de Belô”, brinca Rodrigo.
Cookies, bolos, brownies e brigadeiros reforçam o lado doce da vitrine. No festival “Vem pro Maletta”, que movimentou o prédio no início do mês, a cafeteria participou com o trio de brigadeiros (café, croissant e queijo) Berimbau Trio, em homenagem aos músicos que fizeram história na loja.
Para acompanhar doces e salgados, cafés especiais do Sul de Minas. As opções são coado, espresso, cappuccino e macchiato.
As fornadas continuam a sair às quartas e sextas, a cada dia com uma seleção diferente de pães. “Vou mudando para não ficar repetitivo e a pessoa sempre encontrar novidade”, justifica.
Os pães ficam expostos em prateleiras, prontos para retirada. O mais vendido é o sourdough de queijo canastra. Dependendo do dia, essa mesma base pode ter cúrcuma com chia e crosta de semente de girassol ou chocolate com figo e castanhas. A focaccia aparece com a básica combinação de sal e alecrim e dá o ar da graça com molho de tomate e calabresa.
Os clientes também podem levar para casa baguete, brioche e o pão Petrópolis (massa à base de leite, famoso no Rio de Janeiro, que fica bem na chapa com manteiga e no misto quente).
A Pão do Furtini funciona de quarta a sábado. Recebe para café da manhã, cafezinho depois do almoço com sobremesa e lanche da tarde. Desde que mudou a operação, muitos clientes que vão buscar as encomendas param para tomar um café. Em agosto, Rodrigo vai inaugurar uma segunda unidade da cafeteria, o Café Jardim, no Bairro Cidade Jardim, que vai servir brunch aos fins de semana.
Serviço
Pão do Furtini (@paodofurtini)
Rua da Bahia, 1148 – sobreloja 06, Centro
(31) 98473-8820