Junho celebra a comunidade LGBTQIA+ com arco-íris, bandeiras e hashtags de muito orgulho, especialmente nesta segunda-feira (28/6), quando é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBT. A data foi escolhida em homenagem à Revolução de Stonewall, ocorrida nos Estados Unidos. Mas você conhece o que significa cada uma das letras da sigla LGBTQIA ? Convidamos influenciadores digitais ligados a cada uma delas para esclarecer dúvidas e falar da importância delas.
L (lésbica)
Invalidação da sexualidade
"Muitas vezes a gente está só trocando afeto e vem um homem cis hetero babaca achando que a gente está fazendo para mostrar para eles. Isso é em razão da visão que como o porno nos retrata"
Juliana Arv, cantora
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Além disso, uma das lutas da comunidade lésbica é “quebrar” esse preconceito de que lésbicas querem “ser homens” por não estar perfomando a feminilidade que é imposta pela sociedade. Para Juliana, há um esteriótipo de como uma mulher lésbica se comporta. E, esta forma de “rotular” as pessoas, prejudica a sociedade, em geral.
G (gay)
Luta contra estereótipos
"A LGBTQIA fobia está presente nos discursos e a gente precisa identificar esses problemas para a gente construir juntos uma sociedade que respeite as diferenças e lute contra os preconceitos"
João Luiz, professor e ex-integrante do BBB21
“Se você for afeminado, tudo bem. Se você não for, tudo bem. Se você quiser ser, beleza. Se você não quiser, tudo bem também. A ideia é que a gente não crie um estereótipo em que as pessoas virem para você e falem: ‘Você nem parece gay’. O que é parecer gay? Porque a nossa sexualidade precisa ter essa performance que as pessoas esperam que a gente tenha?”, questiona.
B (bissexual)
O Mês do Orgulho está apenas começando, mas você já planejou o que pretende ler este mês?
%u2014 Maria Freitas (03/07/21) (@themariafreitas) June 1, 2021
Eu sou escritora e tenho alguns livros e contos com protagonismo LGBTQIAP+ publicados por aí.
SEGUE O FIO para conhecer todos eles >> pic.twitter.com/3kSZO1cRBh
"Existe toda uma construção estereotipada na sociedade que a bissexualidade é promíscua, infiel e não confiável. E a gente precisa desconstruir essa visão única de pessoas bissexuais. Inclusive, este é o meu trabalho como escritora"
Maria Freitas, escritora
Manifesto bissexual
T (transexual)
"Quando se fala de vivência trans no Brasil, a gente fala de um lugar de muita dor"
Lua Zanella, cantora
Assim como Lua, Guillhermina relata os “olhares maldosos” e as agressões físicas e verbais. “Ser trans é resistir”, acrescenta, acrescentando uma mensagem a ‘todes’ da comunidade LGBTQIA : “Neste mês de junho, e em todos os outros, eu desejo a todes, força. E nunca deixe que apaguem sua luz”.
"Ser trans é ter coragem de ser quem é. É enfrentar o espelho, em um primeiro momento, e as pessoas ao nosso redor. Ser trans é resistir"
Guillermina Xavier, atriz
Veja a poesia de Guillermina:
A atriz Guilhermina Xavier afirma: 'ser trans' é ter coragem de ser quem é.
— Estado de Minas (@em_com) June 28, 2021
Em forma de poesia, a atriz relatou a sua vivência. Veja: pic.twitter.com/fyzpPl87IG
Q (queer)
I (intersexo)
A (assexual)
"Sexo é diferente de sexualidade. Sexo é o ato sexual em si. E sexualidade é o que faz com que as pessoas se sintam bem em relação a si mesmo e as outras pessoas, na maneira que elas se relacionam. Sexualidade não está ligada ao ato, e sim a maneira de sentir e ser"
Victor Hugo, psicólogo e ex-integrante do BBB20
(pluralidade)
Não bináre
Durante a infância e adolescência, a streamer conta que não tinha representatividade no seu convívio. “Não tinha internet com a facilidade e diversidade que a gente encontra nos dias atuais. Era televisão, era dentro de casa. E nesses espaços, eu nunca me senti representada por nada e isso me fazia não sentir esperança de um futuro para mim”.
"A minha existência aqui me permitiu, não só que eu realizasse meus sonhos de infância, mas que eu me tornasse alguém que eu sempre precisei ter na minha vida. Alguém que me mostrasse o caminho que é possível ser feliz sendo quem é"
Bryanna Nasck, youtuber
Pansexual
"Para mim, construir a minha identidade é algo completamente desrelacionado das concepções de gênero. Ser homem ou ser mulher, não faz de mim quem sou. Eu sou Cup e, pra mim, isso é mais do que suficiente"
Cup, youtuber
A origem do Dia Internacional do Orgulho LGBT
(*)Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves