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Estado de Minas NOVO ESPORTE OLÍMPICO

Breakdance: das periferias a novo esporte olímpico em Paris 2024

Dançarinos comemoram a inclusão da modalidade estreante, que tem origem na periferia negra dos Estados Unidos


10/08/2021 15:01 - atualizado 10/08/2021 17:10

Grupo de breakdance Spin Force Crew, criado em BH em 1992.
Grupo de breakdance Spin Force Crew, criado em BH em 1992. (foto: Pablo Bernardo/Divulgação)

 
O skate e o surf foram duas das sensações dos brasileiros entre as competições estreantes nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Para a próxima edição da competição, em Paris 2024, uma das novidades será a adição do breakdance nas modalidades participantes, aprovada pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e presente no Programa Oficial da edição. O anúncio já colocou os b-boys em Minas em movimento. Eles já planejam participar dos campeonatos promovidos pelo Conselho Nacional de Dança (CNDD) que devem ser as seletivas para a competição olímpica.


 "Muito bacana esse anúncio. É um sonho para todo b-boy, menino que dance break, e toda b-girl, menina que dance break", afirma Max William, de 30 anos, que integra a Companhia Xadrez Dance, de Conselheiro Lafayette, e a Crew Game Over, de Barbacena. Max dança desde 2009, e o break é muito mais que um hobby. Ele que já participa de campeonatos já começou a se preparar tendo em vista a Olimpíada de Paris.  "Tem gostar desse estilo mais urbano, ter disciplina, força para aprender e dedicação mesmo". Ele afirma que é preciso focar nos treinos com disciplina e cuidar da alimentação.
 
Vencedor de diversos campeonatos, Max William já se prepara para as seletivas para a Olimpíada de Paris
Vencedor de diversos campeonatos, Max William já se prepara para as seletivas para a Olimpíada de Paris (foto: Arquivo Pessoal)
 
 
Tamanha dedicação permitiu que ele conquistasse o primeiro lugar em diversos campeonatos que participou, onde recebeu prêmios e troféus. Max participou do  Encontro Nacional de Dança, em Lafayette, Meeting em São Paulo.  Foi campeão nas disputas no Curvelo Faz Arte e no  Hip Hop Del Rey, foi campeão nos dois. 
 
A dança traz movimentos rápidos e diversos no chão, e o dançarino utiliza o tronco, braços e as pernas. Os passos podem ser divididos em básicos e acrobáticos, ou seja, aqueles que exigem maior treinamento e têm maior grau de dificuldade. Seus praticantes são chamados de b-boy, b-girl ou breaker, e são embalados por ritmos como o funk, bases de rap e outros estilos musicais negros.

Também conhecida como breaking, o breakdance é uma dança de rua, criada nos anos 60 nas periferias negras dos Estados Unidos. Ao longo de sua história, tem desenvolvido um papel importante de manifestação artística e de identidade, praticada e incentivada para muitas crianças, jovens e adultos. Ao lado de outros elementos do movimento hip-hop como os grafites, o rap, os DJs e MC’s, o breakdance também se tornou um símbolo de resistência da cultura negra em diversos países, inclusive no Brasil.
 
COMO SERÁ A COMPETIÇÃO NOS JOGOS OLÍMPICOS? 
 
Ainda não é possível ter muitos detalhes sobre a primeira participação do esporte nos Jogos Olímpicos. O que se sabe é que em sua estreia, o breakdance terá modalidades masculinas e femininas, com 16 participantes cada. A competição será ao estilo mata-mata, em confrontos diretos entre os adversários, que serão julgados por uma comissão técnica. O melhor competidor, que tiver a melhor performance, com passos bem executados e com alto grau de dificuldade, avança às próximas fases, até chegar às disputas por medalhas.
 


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