A polêmica em torno da arte urbana em Belo Horizonte teve mais um capítulo e movimenta o debate na cidade, tanto na Câmara Municipal, como nas redes sociais e no meio artístico. Dois episódios colocaram, na ordem do dia, a discussão acerca de como devem ser entendidos os grafismos urbanos que ocupam empenas, paredes e muros na capital mineira.
Além de Poter, na manhã do dia 13, três pichadores foram presos em uma nova operação da Polícia Civil, nomeada "Guardiões do Meio Ambiente", realizada pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema). De acordo com a polícia, um dos objetivos da operação é acabar com os "Melhores de Belô'', grupo de pichadores da cidade. Outros cinco investigados seguiam foragidos até o fim da tarde desta sexta (13/8).
Contramão do movimento
Discussão sobre artes
Pichação ainda mais criminalizada
"A gente lamenta que, em 2021, um projeto de lei tenha sido aprovado para estimular uma cultura e criminalizar a outra, como se fosse possível separar duas linguagens ou delegar às autoridades policiais o julgamento do que é feio e do que é bonito", completa.
Falha nos critérios
"A arte urbana em Belo Horizonte é uma das mais criminalizadas do país, com certeza. Há muitos anos temos um histórico de repressão que atravessa décadas e que vai piorando a cada ano."
Comum