Jornal Estado de Minas

GIRL POWER

Mulheres conquistam metade dos ouros do Brasil na Paralimpíada de Tóquio

Carol Santiago, o grande nome brasileiro na Paralimpíada de Tóquio (foto: Reprodução/Instagram)

 

Carol Santiago conquistou seu terceiro ouro, nesta quarta-feira (1º/09), tornando-se o maior nome do Brasil na Paralimpíada de Tóquio. O feito veio nos 100m peito classe S12 , elevando a presença da delegação brasileira no mais alto lugar do pódio. E, como ela, as atletas brasileiras dão show na Paralimpíada de Tóquio'2020.





 

Até agora, o Brasil conquistou 48 medalhas, sendo 19 delas garantidas por mulheres. Elas conquistaram sete das 15 medalhas de ouro nas modalidades de halterofilismo, judô, três na natação e duas no atletismo – lançamento de disco e salto em distância. 

Além disso a participação feminina também já assegurou quatro pratas e oito bronzes.

 

Na Rio'2016, o Brasil terminou em oitavo lugar, com 72 duas medalhas, sendo 14 delas de ouro. A equipe brasileira, que partiu com o propósito de repetir o feito e terminar entre os 10 primeiros colocados no quadro de medalhas, agora com 15 ouros está em 7º lugar.

 

Mas o que mais mudou no perfil de medalhas é a maior participação das mulheres nos Jogos. Em 2016, a delegação brasileira contava com 290 atletas, sendo 188 homens e 102 mulheres, o que representa uma participação feminina de 35%.





 

Em Tóquio, o Brasil chegou com 253 atletas, com 164 homens e 96 mulheres. Apesar de o número total de atletas brasileiros ter diminuído, a participação feminina aumentou para 40%.

O Comitê Paralímpico Brasileiro tem como meta para os próximos anos ocupar todas as vagas femininas disponíveis na delegação brasileira.

 

Na Paralimpíada de Tóquio, a tradição brasileira no atletismo se mantém, com os ouros de Beth Gomes, no lançamento de disco classe F52 (para atletas que competem em cadeiras) – ela bateu recorde na categoria ao alcançar a marca de 17,62m –, e da mineira Silvânia Costa, bicampeã no salto em distância na casse T11, para atletas com deficiência visual.

No lançamento de dardo, o Brasil levou a prata com Raissa Machado, classe F56, também para atletas que competem em cadeiras.

 

Beth Gomes - medalhista de ouro no lançamento de disco classe F52 (foto: Reprodução/Instagram)

 

No atletismo, ainda houve a prata de Thalita Simplício no 400m na classe T11, para deficientes visuais, com seu melhor tempo da carreira: 56s80.



Jardênia Felix, de apenas 17 anos, ficou com o bronze nos 400m da classe T20, para deficientes intelectuais.

 

O Brasil também levou o bronze no lançamento de disco classe F57, para atletas que competem em cadeiras, com a carioca Julyana da Silva com a marca de 30,49m, ficando atrás de Mokhigul Khamdamova, do Uzbequistão, em primeiro lugar com 31,46m, e Nassima Saifi, da Argélia, com 30,81m.


Thalita Simplício - medalhista de prata nos 400m classe T11 (foto: Reprodução/Instagram)

 

Na natação, além do ótimo desempenho deo Carol Santiago, destaque para Beatriz Carneiro, que chegou em terceiro lugar nos 100 m peito na categoria S14 para atletas com deficiência intelectual. Ela ficou apenas centésimos de segundo na frente da irmã gêmea, Débora Carneiro.
 

Na terça-feira, Mariana Ribeiro conquistou o bronze na prova dos 100m livre classe S9 e nesta quarta Cecília de Araújo conquistou a prata nos 50m livre classe S8, para atletas com paralisia cerebral.

 

Nessa edição dos Jogos Paralímpicos, o Brasil conquistou duas medalhas inéditas. Uma delas veio com Mariana D'Andrea, ouro no halterofilismo. A atleta superou a rival Lili Xu, da China, na final da categoria ate 73Kg levantando 137kg.



A outra foi com Alana Maldonado na categoria até 70Kg no judô classe B3, para atletas com baixa visão.


 

O judô trouxe mais duas medalhas de bronze femininas, com Lúcia Araújo, na categoria até 57Kg, e Meg Emmerich na categoria até 70Kg ambas com deficiência visual.

Já no tênis de mesa foram conquistadas a medalha de prata pela Bruna Alexandre, na classe 10, para atletas andantes; o bronze da paulista Cátia Oliveira, na classe 2, para atletas cadeirantes; e o bronze por equipes feminino.

 

 

O Brasil ainda tem chance de medalha feminina no goalball, modalidade em que venceu a favorita China e se classificou para as semifinais, no vôlei sentado, vencendo a Itália por 3 a 1.

Na bocha, que conta com a representação de Evelyn Oliveira, porta-bandeira do país na Cerimônia de Abertura da Paralimpíada'2020, venceu a tailandesa Somboon Chaipanichi por 8 a 1 na classe BC3.


 *Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz

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