No dia 05 de outubro de 1789, mulheres francesas iniciaram um levante contra o governo e se dirigiram ao Palácio de Versalhes protestando contra a inflação descontrolada, a escassez de alimentos, a violência e o que ficou marcado na revolução francesa: o valor elevado do pão. O movimento ficou conhecido como Marcha das Mulheres sobre Versalhes.
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Logo, os revolucionários se juntaram à manifestação e partiram para Versalhes. Cerca de 20 mil pessoas chegaram aos portões do palácio, exigindo alimento para a população, mudanças constitucionais e a ida da família real para Paris. Seis mulheres foram escolhidas para serem levadas a presença do rei e expor suas demandas.
Parte dos manifestantes se sentiram satisfeitos com as promessas de Luís XVI para as representantes convocadas, porém uma parcela mais radical invadiu o palácio e destruiu o quarto de Maria Antonieta, que havia fugido para os aposentos do marido. Pelo caminho, houve confronto ente a guarda real e os manifestantes e, pelo menos, dois guardas tiveram as cabeças arrancadas e fincadas em lanças.
Como consequência, a família real passou a residir no Palácio das Tulherias, em Paris, e o Marquês de La Fayette convenceu Luís XVI a assinar a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Apesar de serem chamadas de “mães da nação” e participarem de vários momentos da Revolução Francesa, a declaração não incluía os direitos civis das mulheres.
Posteriormente, em 1791, Olympe de Gouges redigiu um documento chamado Declaração dos direitos da Mulher e da Cidadã, exigindo a equiparação dos direitos das mulheres aos dos homens. A declaração foi rejeitada e lançada ao esquecimento até a década de 1980.