Em pesquisa realizada entre 23 de julho e 6 de agosto deste ano, o Instituto Ipsos verificou que dos 28 países onde os dados foram coletados, 18 concordam que o mundo seria mais pacifico e bem-sucedido se tivéssemos mais mulheres em posição de liderança na política.
Em todos os países, as mulheres apresentaram maiores níveis de concordância que os homens, com diferença média na global de 12%. O Brasil também se destaca nessa questão, com 77% das pessoas que concordaram sendo mulheres e 67%, homens, ou seja, a diferença entre as médias é de 10%.
Segundo as regras eleitorais em vigência no Brasil, pelo menos 30% das verbas do Fundo Eleitoral deve ser destinadas a campanhas de candidatas, o que seria um incentivo à conquista de mais cargos por mulheres. Infelizmente tal determinação nem sempre é cumprida por todos os partidos.
Baixa representatividade no Brasil
Baixa representatividade no Brasil
Mesmo que as últimas eleições tenham batido recorde de participação, hoje o Brasil apresenta pouca representatividade feminina na política, com apenas 15% dos cargos no senado e câmara dos deputados, 13% nas prefeituras e apenas uma mulher ocupando cargo como governadora: Maria de Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelas mulheres que seguem a carreira política, o que o estudo aponta é que existe uma vontade da população brasileira em ter mais mulheres ocupando cargos chave na política, o que, e com o incentivo e investimento efetivos, pode vir a se concretizar nos próximos anos.