O Fundo Afrolever arrecadou cerca de R$ 17 milhões que serão destinados à promoção de práticas inclusivas de pessoas negras dentro e fora da empresa.
Programas de inclusão de negros no mercado de trabalho levantam o debate sobre a diversidade racial no ambiente profissional. Os programas de estágio a negros e negros da Google Next Step ou dos processos de trainee criados pela Bayer e pela Magalu chamaram atenção.
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ALMG mantém veto de Zema a projeto de lei contra discriminação LGBTQIA+Movimento LGBTQIA se mobiliza para derrubar veto de ZemaMulher denuncia motorista de aplicativo por racismo no MangabeirasNegras raízes: exposição destaca a história e o trabalho de trancistasO coletivo Afrolever promove ações para a inclusão e acolhimento de pessoas negras na empresa, como palestras e rodas de conversa sobre raça e negritude. Segundo Gerardo Rozanski, presidente da Unilever Brasil, o Fundo Afrolever contribuirá para a promoção da igualdade racial na empresa.
"Uma organização com a dimensão e o poder de influência da Unilever tem o dever de trabalhar para que as oportunidades sejam acessíveis a todos de maneira igualitária, para que a representatividade negra aumente em todas as esferas que possamos impactar – do recrutamento às comunidades; das nossas campanhas à cadeia de fornecimento", afirma.
Parcerias para diversificar
Para estruturar as arrecadações do fundo, também foram criados alguns pilares para orientar as atividades. Uma dessas frentes de atuação é a parceria com a Seda, desenvolvendo produtos capilares voltados e específicos a pessoas negras.
Na Unilever, atualmente, 40% dos colaboradores são negros. No quadro de estagiários, 76% das pessoas se autodeclaram negras. No entanto, há uma grande diferença na inclusão racial quando esse cenário é comparado com a realidade brasileira.
Na Unilever, atualmente, 40% dos colaboradores são negros. No quadro de estagiários, 76% das pessoas se autodeclaram negras. No entanto, há uma grande diferença na inclusão racial quando esse cenário é comparado com a realidade brasileira.
Menor remuneração
Em estudo divulgado pela Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, a média do salário de trabalhadores negros foi 45% menor em comparação com o salário de pessoas brancos.Em cargos de liderança essa desigualdade é ainda mais evidente. De acordo com pesquisa do site VAGAS.com, apenas 0,7% dos cargos considerados mais altos, como gerências e diretorias, são ocupados por negros. Em comparação com cargos operacionais, a população negra representa 47,6% das vagas, segundo a mesma pesquisa.