Uma fantasia do frequentador de uma casa de shows em Manaus causou revolta nas redes sociais. Um homem usou uma camisa do Flamego, com o nome 'Bruno' escrito nas costas e, nas nãos, ele levava um saco de plástico preto, com o nome Eliza. Nas redes sociais, a fantasia foi considerada uma apologia ao feminicídio, ao homenagear o assassino de um casos mais bárbaros do Brasil.
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Bruxa: saiba como o termo é usado na história para desqualificar a mulher Inclusão racial ameaçada: cai em 52% o número de candidatos negros no Enem Duda Salabert faz acordo para realizar ações de conscientização em shoppingConselho de Enfermagem critica fantasia de Bruna MarquezineFoi realizada uma festa de halloween no local, com a presença de muitas pessoas com fantasias. No entanto, ninguém usava máscara de proteção contra a COVID-19. Vale lembrar que Manaus foi uma das capitais brasileiras que mais sofreu com a pandemia. De acordo com a Secretaria de Saúde do Amazonas, em Manaus, há o registro de 9.481 óbitos confirmados em decorrência do novo coronavírus.
Também no story, nesta terça-feira (02/11), o Porão do Alemão informou que excluiu a foto e disse não compactuar com apologia de qualquer crime. "O Porão do Alemão não compactua com apologia a qualquer crime, inclusive feminicídio." De acordo com a postagem, a responsabilidade pela postagem é do estagiário. "A foto foi postada pelo nosso estagiário que tem 20 anos de idade. O crime foi há cerca de 11 anos. Foi alegado desconhecimento". O bar afirma que assim tomou conhecimento, apagou a foto e advertiu o responsável. A direção informa que o estagiário foi 'temporariamente' afastado.
O estabelecimento é de propriedade do vereador Wiliam Alemão (Solidariedade) que ganhou notoriedade por ser posicionar contra o isolamento social devido à pandemia.
RELEMBRE O CASO BRUNO
Quase mil dias dias depois da primeira notícia sobre o desaparecimento de Eliza Silva Samudio, o goleiro Bruno foi condenado. Com base na decisão de sete jurados, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues determinou no Fórum de Contagem, na Grande BH, que Bruno Fernandes das Dores de Souza fique preso por 22 anos e três meses, 17 anos e seis meses deste tempo em regime fechado.
Bruno foi considerado culpado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, além de sequestro e cárcere privado. Já Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, sua ex-mulher, foi absolvida por 4 votos a 3 pelo cárcere e sequestro do bebê.