Estudo realizado pela Pearson, empresa de destaque na área de aprendizagem, em parceria com a Morning Consult, mostrou que 76% dos brasileiros acreditam que as crianças devem aprender sobre diversidade na pré-escola e que 92% acreditam que o mundo seria um lugar melhor se as pessoas tivessem mais compreensão das questões que afetam as pessoas ao redor.
Enquanto 56% dos entrevistados em todo o mundo acreditam que o sistema educacional em seus paises está fazendo o suficiente para ensinar sobre raça, gênero e desigualdade, no Brasil essa média é de 27%. Também foi revelado que os brasileiros apresentam a menor taxa de confiança em seu sistema educacional no que diz respeito a tratar todos os alunos igualmente (42%), sendo a China a que relata a maior confiança (89%).
Racismo sistêmico
O racismo estrutural é apontado como um problema no sistema educacional por 80% dos brasileiros. Quando perguntados “Até que ponto você acredita que o sistema educacional em seu país está lidando com o racismo sistêmico?”, 59% dos entrevistados responderam que o problema não está sendo tratado.
Segundo o estudo, o tema mais estudado no Brasil é a escravidão (81%) e o menos aprendido estão relacionados aos direitos e movimentos LGBTQIA%2b (23%). Entre os entrevistados, 71% dos brasileiros afirmaram que concordam que as escolas devem fazer mais para apoiar os alunos LBGTQIA%2b.
Igualdade
Outro ponto abordado na pesquisa foi sobre desigualdade de gênero, com 59% dos entrevistados em todo o mundo afirmando que não acham que sua educação cobre adequadamente a desigualdade de raça e gênero. Quando perguntados “Pensando em quando você estava na escola, você acredita que todos os gêneros tiveram oportunidades iguais de educação?”, 66% dos brasileiros disseram que “não”.
Como forma de solucionar as falhas do sistema educacional, 80% dos entrevistados firmam estar ativamente tentando se educar sobre as questões relacionadas à justiça social, diversidade ou igualdade de gênero e mais de 60% afirmam que poderiam aprender mais sobre questões de diversidade. Foram apontados como principais fontes de informação as redes sociais e notícias.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Rafael Alves