Em novembro, mês da consciência negra, o Estado de Minas celebra parceria com a Rede Historiadorxs Negrxs. Os pesquisadores propõem reflexões acerca de como historiografia aborda as questões étnico-racial no Brasil. A parceria prevê a produção de artigos para o DiversEM, caderno Pensar e outras plataformas do EM. Entra as atividades, também será realizada uma roda de conversa com o tema "Para além do horizonte planejado: Belo Horizonte, cidade negra'', resultado da tese de doutorado da historiadora Josemeire Alves.
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Para a ocupação, na parceria Rede HN e Estado de Minas será produzida uma reportagem especial sobre os múltiplos aspectos do 20 de Novembro, abordando diferentes sujeitos e temporalidades, além de elementos da política, memória e história ligados ao Dia Nacional da Consciência Negra. A parceria é uma das ações do DiversEM e do Núcleo Multimídia do EM para a produção de reportagens que ampliem a visão sobre temas de interesse público.
Diversidade de vozes
A parceria será o primeiro passo de um diálogo que pretende se estabelecer, de forma mais sistematizada, com a Rede de HistoriadorXs NegrXs. É uma ação que o EM aposta para qualificar o debate acerca da temática étinico-racial tão em voga nos debates públicos do país. Ao estabelecer parceria com a rede, o jornal entende trazer para a produção de conteúdo vozes de especialistas.
A Rede de HistoriadorXs NegrXs é formada por pesquisadoras e pesquisadores de diferentes regiões do Brasil. Foi criada em 2015, durante o XXVIII Simpósio Nacional de História da Associação Nacional de História (Anpuh-Brasil), realizado em Florianópolis. Dentre as ações desenvolvidas pela Rede HN estão as 'Jornadas', eventos realizados desde 2020, nas plataformas virtuais da rede abordando os diversos temas pesquisados por seus integrantes.
JORNADAS DA REDE HN
- A Jornada em Defesa do Direito à História da Gente Negra, produção de narrativas sobre a abolição
- A Jornada de História das Mulheres Negras, celebrando o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
- A Jornada “A Abolição do Tráfico Transatlântico de Africanos Escravizados: os 170 Anos da Lei Euzébio de Queirós”, contando com integrantes atuantes no Brasil, nos EUA, na França, e com experiência de pesquisa em diversos países africanos
- Jornada do Novembro Negro: legados e perspectivas da Lei 10.639/03, voltada à reflexão sobre a implementação da lei que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e afro-brasileira.
- Jornada ""Sem historiadoras negras não tem História"
- Jornada "Memórias da Escravidão e da Liberdade: Patrimônio e Antirracismo"