Jornal Estado de Minas

DOAÇÃO DE SANGUE

Inclusão LGBTQIA: 'uma evolução para o país', diz presidente do Hemominas


 
O Senado aprovou, na quinta-feira (4/11), projeto que proíbe a discriminação de doadores de sangue com base na orientação sexual. A presidente da Fundação Hemominas,  Júnia Cioffi, destaca que o Brasil foi um dos primeiros países a retirar essa restrição. 





Ela considera que o entendimento do Supremo Triibunal Federal e esse projeto que tramita no Congresso Nacional , contrários à discriminação, demonstram uma evolução da sociedade brasileira. “Isso foi muito bom. Trouxe a inclusão de uma população que era impossibilitada de se candidatar à doação”, completa.

A atualização dos critérios de doação resultou de um trabalho conjunto entre os movimentos LGBTQIA, a Hemo Rede e a Anvisa, para esclarecer à sociedade o que significava a nova forma de fazer a triagem para a doação de sangue. 

Para manter os níveis satisfatórios nos bancos de sangue, é necessário um percentual de aproximadamente 3% da população adulta sendo doadora. Esse percentual em Minas é de 1,6%, segundo o Hemominas. Entre as maiores dificuldade enfrentadas pelos bancos de sangue são a falta de informação por parte da população, medo da agulha e medo da contaminação.  
 
Presidente da Fundação Hemominas, Júnia Cioffi (foto: Arquivo pessoal)
 
 
A presidente do Hemominas ainda reforça que todas as doações passam por rigorosos testes, com alta sensibilidade a alterações no sangue, que visa a segurança tanto para quem se candidata à doação quanto para quem a receberá. “A gente tem uma segurança muito grande nos processos que são realizados na hemorede aqui no Brasil. Inclusive são serviços que tem certificações internacionais, como é o caso da Fundação Hemominas”.



O Hemominas é certificado pela Associação Americana de Bancos de Sangue, isso significa que caso algum serviço na Europa ou nos Estados Unidos, que também possua essa certificação, precise de sangue, pode recebe-lo dos bancos de sangue brasileiros.  

“Pedimos que pessoas que tenham testes não-negativos ou que não possam realizar a doação, que se tornem captadores de pessoas para a doação de sangue. Todos nós podemos precisar de uma doação”.  Ela convida a todas as pessoas que podem para fazer a doação. 

Devido à pandemia de COVID-19, as doações estão sendo realizadas por meio de agendamento que pode ser feito no site

 Critérios de doação

- Ter e estar com boa saúde;
- Não ter contraído hepatite após os 11 anos de idade;
- Pesar mais de 50 kg;
- Dormir bem na noite anterior:
- Não ingerir bebida alcoólica nas últimas 12 horas;
- Não ter feito tatuagem/piercing nos últimos 12 meses;
- Não ter se submetido a exame de endoscopia nos últimos 6 meses;
- Se doar pela manhã, alimente-se antes. Após o almoço, dê um intervalo de 3 horas.
- Estar hidratado. 
-Ter entre 16 e 69 anos de idade – Jovens de 16 e 17 anos podem doar, acompanhados pelo responsável legal, que deverá apresentar um documento de identidade e assinar a autorização no local de doação. A partir de 61 anos, o candidato à doação precisa comprovar a realização de pelo menos uma doação anterior.


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