O psicólogo Lucas Veiga propõe um deslocamento do complexo de Édipo, que Sigmund Freud (1856-1939) estabeleceu como mito fundante da psicanálise, e propõe o complexo de Nanã para abordar às questões da subjetividade dos indivíduos. Essa proposta é parte do livro "Clínica do impossível: linhas de fuga e de cura", lançado no sábado (27). A obra propõe um debate sobre como o racismo afeta a saúde mental da população negra.
CLÍNICA DO IMPOSSÍVEL
Lucas é mestre em psicologia clínica pela Universidade Federal Fluminense, e uma de duas primeiras experiências profissionais foi trabalhar na Casa Viva Bangu, um abrigo para adolescentes em situação de rua que faziam uso abusivo de drogas. A maioria era formada por jovens negros.