Jornal Estado de Minas

CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Mateus Aleluia lança álbum e museu virtual sobre música pan-africana



O cantor e compositor Mateus Aleluia lançou o seu quarto álbum intitulado ‘Afrocantos das Nações - Jejê’. O novo trabalho aborda a música pan-africana e vem em conjunto com a criação de um museu virtual e interativo que explora o mesmo tema.





Disponível no Youtube e em plataformas musicais de streaming, ‘Afrocantos das Nações - Jejê’ faz parte do projeto Nações do Candomblé. A obra vai além da música, relacionando fotografia, pesquisas e produção audiovisual. 

O museu virtual, lançado no site do projeto, apresenta imagens, vídeos com a participação de Mateus Aleluia e textos que aproximam as tradições e culturas africanas às práticas afro-brasileiras. 

Com ações interativas, os visitantes podem explorar o museu, que também traz informações sobre as divindades, lideranças religiosas e espirituais, fotos, além de making of das gravações das músicas do álbum.





Todo o projeto é fruto de pesquisas realizadas por Mateus Aleluia, que observou as relações e as influências de povos africanos das etnias Fon, Ewe e Ashanti, no Benin, na África Ocidental. No Brasil, uma das fontes de inspiração do projeto foi a casa de Candomblé Jejê, localizada nas cidades de Salvador e de Cachoeira. 

Um dos focos do trabalho é a compreensão e rememoração das divindades Voduns, cultuadas pelas etnias africanas e também em algumas casas de candomblé no Brasil. Com Mateus Aleluia, Tenille Bezerra também assina a diretoria artística do projeto.
 
TRAJETÓRIA DE CONHECIMENTOS
 
Com carreira solo iniciada apenas em 2010, com 66 anos, com o álbum “Cinco Sentidos’, Mateus Aleluia é baiano, nascido em 1943, na cidade de Cachoeira. Mateus integrava o trio original de “Os Tincõas”, grupo negro de música afro-brasileira formado em 1960 na Bahia. 




 
Pesquisa e aprendizados sempre estiveram presentes nas produções de Mateus Aleluia (foto: André Fernandes / Bocadosolhos)
 
Com o grupo, Mateus partiu em jornada para a Angola, país no qual ficou até o início dos anos 2000. Após o encerramento do grupo, começou a se dedicar a outros projetos e também a sua carreira solo, sempre aplicando seus conhecimentos e pesquisas sobre as culturas de religiões matriz africana

Além do álbum de estreia em carreira solo, lançou mais três álbuns: ‘Fogueira Doce’ (2017), ‘Olorum’ (2020) e agora ‘Afrocantos das Nações - Jejê’ (2021).

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