A unidade da loja Zara no Shopping Bahia, em Salvador, está sendo acusada de racismo. Dessa vez, um homem negro que visitava a loja foi abordado por seguranças e obrigado a abrir sua mochila. O caso aconteceu nesta terça-feira (28/12).
O homem aparece em filmagens registradas por outros clientes que também estavam na loja no momento. “Eu tenho educação, eu compro o que eu quiser”, declarou, indignado, em trecho do vídeo, enquanto mostrava seus pertences e documentos dentro de sua mochila.
Em nota divulgada, o Shopping Bahia mencionou não concordar com os acontecimentos registrados no vídeo.
“A administração do Shopping da Bahia não compactua com qualquer ato discriminatório e incluirá as imagens deste fato nos treinamentos internos para evitar que se repitam", diz a nota.
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O caso da unidade de Fortaleza intensificou os debates sobre racismo em estabelecimentos comerciais, pois indicou a existência de um código utilizado entre os funcionários para anunciar a outros funcionários que clientes considerados suspeitos estavam dentro do estabelecimento. A cada pessoa negra considerada suspeita que entrasse na Zara, o sistema de som anunciava “Zara, Zerou”.
O código foi denunciado por uma ex-funcionária da Zara, que prestou depoimento no caso de racismo da unidade Zara de Fortaleza, no Ceará. O gerente foi denunciado pelo crime de racismo.
* Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
* Estagiário sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira