Atletas, políticos, intelectuais e pessoas comuns iniciaram uma campanha nas redes sociais pedindo por Justiça pela morte do congolês Moise Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, com a hashtag #JustiçaporMoise. O jovem migrante foi brutalmente assassinado depois de cobrar pagamento pelo trabalho prestado no Quiosque Tropical na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (24/1). A barbárie cometida contra o jovem, que não teve como se defender, foi registrada por câmeras de segurança, mas nenhum dos cinco agressores, que participaram do espancamento, foi preso até o momento.
Leia Mais
PM aponta arma para cantor negro e pergunta se carro é dele: 'Até quando?'BBB 22: imitação de Eslovênia e Laís sugere comparação de Natália a macacoMovimento negro espera mais punições ao racismo em 2022Bolsonaro chama nordestinos de "pau de arara" e reforça descaso com regiãoLélia Gonzalez: conheça a mineira que criou o termo 'pretuguês'
O jornalista Raife Sales, da organização não-governamental Voz das Comunidades, também puxou a hashtag pedindo Justiça por Moise. "Imagina você deixar o seu país de origem em busca de uma vida melhor e ser brutalmente assassinado ao cobrar um salário atrasado."
A Anistia Internacional apontou que o crime bárbaro, motivado por racismo e xenofia, não pode ficar impune. "Moise Kabamgale e sua família deixaram o Congo na esperança de viver uma vida digna e com mais oportunidades no Brasil. Sonho que foi covardemente interrompido pelo racismo e pela xenofobia. Seu assassinato não pode ficar impune!"Outras organizações também se posicionaram por Justiça.
A deputada estadual Leinha (PT) classificou o episódio como "inaceitável, revoltante e brutal."
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga. A comunidade congolesa no Rio de Janeiro, em nota, afirmou que o assassinato foi cometido por cinco pessoas, incluindo o gerente do quiosque, com pedaços de pau e um taco de baseball. Moise morreu no local. "Esse ato brutal, que não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade Brasileiro, mas claramente demonstra a xenofobia dentro das suas formas, contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar", diz nota da comunidade congolesa.
Ouça e acompanhe as edições do podcast DiversEM