Atletas, políticos, intelectuais e pessoas comuns iniciaram uma campanha nas redes sociais pedindo por Justiça pela morte do congolês Moise Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, com a hashtag #JustiçaporMoise. O jovem migrante foi brutalmente assassinado depois de cobrar pagamento pelo trabalho prestado no Quiosque Tropical na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (24/1). A barbárie cometida contra o jovem, que não teve como se defender, foi registrada por câmeras de segurança, mas nenhum dos cinco agressores, que participaram do espancamento, foi preso até o momento.
TRISTEZA!%uD83D%uDE14Famíliares e amigos do congolês Moïse Kabamgabe pedem justiça. O jovem foi amarrado e morto em um quiosque na Barra da Tijuca, após cobrar os salários atrasados. #sbtrio #sbt pic.twitter.com/EPt7IX2Bxv
%u2014 SBT Rio (@sbtrio) January 31, 2022
O jovem foi espancando por cerca de 15 minutos com pedaços de pau. No Twitter, o lutador Mateus Santana, idealizador do Bienal da Quebrada, cobrou Justiça por Moise. ""Precisa chegar um momento em que isso vai ser totalmente inaceitável, intolerável e que caso alguém ouse fazer a resposta seja de imediato", escreveu.
um irmão foi ESPANCADO até a morte por ter ido cobrar seu salário que estava atrasado. moise mugenyi um irmão congolês que trabalhava no quiosque TROPICÁLIIA foi amarrado e espancado por 5 pessoas até a morte depois de ir cobrar seu dinheiro, ir atrás de seus direitos básicos.
%u2014 mateus (@alamoju) January 31, 2022
O jornalista Raife Sales, da organização não-governamental Voz das Comunidades, também puxou a hashtag pedindo Justiça por Moise. "Imagina você deixar o seu país de origem em busca de uma vida melhor e ser brutalmente assassinado ao cobrar um salário atrasado."
Imagina você deixar o seu país de origem em busca de uma vida melhor e ser BRUTALMENTE ASSASSINADO ao cobrar um salário atrasado?
%u2014 Raife Sales (@Raife_Sales) January 31, 2022
Isso daqui tem que melhorar MUITO pra ser chamado de país. #JusticaPorMoise
A Anistia Internacional apontou que o crime bárbaro, motivado por racismo e xenofia, não pode ficar impune. "Moise Kabamgale e sua família deixaram o Congo na esperança de viver uma vida digna e com mais oportunidades no Brasil. Sonho que foi covardemente interrompido pelo racismo e pela xenofobia. Seu assassinato não pode ficar impune!"Outras organizações também se posicionaram por Justiça.
Justiça para Moise!!!!!!!!!!!!!!
%u2014 Observatório Internacional (@observint) January 31, 2022
O congolês foi espancado e morto no RJ por cobrar uma dívida que o seu antigo local de trabalho tinha com ele %uD83D%uDC47https://t.co/OLXjHw8l1P
A deputada estadual Leinha (PT) classificou o episódio como "inaceitável, revoltante e brutal."
INACEITÁVEL,REVOLTANTE, BRUTAL! Moise Mugenyi Kabagambe, um jovem congolês, ao cobrar o seu salário atrasado foi espancado até a morte e teve seus órgãos retirados sem autorização da família. Tempos difíceis, sociedade da barbárie, mas diante disso tudo, lutaremos e resistiremos!
%u2014 Leninha (@leninhamoc13) January 31, 2022
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga. A comunidade congolesa no Rio de Janeiro, em nota, afirmou que o assassinato foi cometido por cinco pessoas, incluindo o gerente do quiosque, com pedaços de pau e um taco de baseball. Moise morreu no local. "Esse ato brutal, que não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade Brasileiro, mas claramente demonstra a xenofobia dentro das suas formas, contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar", diz nota da comunidade congolesa.
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