O Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo, de acordo com dados do projeto Transrespect versus Transphobia Worldwide (TvT). Apenas entre 2020 e 2021, foram 125 mortes de pessoas em crimes transfóbicos. Este número representa 33% dos casos que ocorreram no mundo. As mulheres trans foram as maiores vítimas desses crimes no mundo, representando 95% dos casos.
Preconceito, aceitação e exposição do corpo trans, além do processo de humanização dessas pessoas são os temas em debate no terceiro episódio do podcast DiversEM, que conta com a participação de Juhlia Santos, mulher trans preta e ativista em Belo Horizonte.
Protesto histórico no Congresso
Apesar desse cenário de violência e discriminação, as redes sociais possibilitaram que pessoas trans atingissem uma visibilidade maior, alcançando outros públicos e promovendo discussões importantes para essa população. O Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado em 29 de janeiro, também é um marco importante na luta pelo reconhecimento e pela igualdade de direitos das pessoas trans no Brasil.
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A cantora mineira Urias, de 27 anos, ultrapassou a marca de 1 milhão de acessos tanto no Spotify quanto no YouTube da faixa “Peligrosa”, de seu primeiro álbum, “Fúria”. As canções da artista falam sobre suas vivências como mulher trans e a luta contra o preconceito.
Já Mandy Candy produz conteúdo para o YouTube desde 2015. O canal dela na plataforma tem mais de 2 milhões de inscritos e nele Mandy compartilha suas vivências na luta pelos direitos das mulheres e da comunidade LGBTQIA+. Beleza, comportamento, empoderamento feminino, cultura geek e games também são temas constantes em suas redes.
Luca Scarpelli também é produtor de conteúdo, publicitário e youtuber. Ele tem mais de 196 mil seguidores em seu perfil no Instagram, onde fala abertamente sobre sua transição e temas relacionados à comunidade LGBTQIA . Luca é contratado da Netflix e o primeiro homem trans da versão brasileira do reality ‘Queer Eye’.
Porém, nem todos os avanços conquistados pela visibilidade nos últimos anos impediram que Linn da Quebrada, participante do Big Brother Brasil fosse vítima por alguns episódios de transfobia no reality. Desde que a travesti entrou na “casa mais vigiada do Brasil”, já sofreu com outros participantes errando na forma de se referir a ela.
Ep. 2 - Como a literatura infantil feminista quer mudar a próxima geração
Conheça o podcast DiversEM
O podcast DiversEM é dedicado ao debate plural, aberto, com diferentes vozes e que convida o ouvinte para pensar além do convencional. Cada episódio será uma oportunidade para conhecer novos temas ou se aprofundar em assuntos relevantes, sempre com o olhar único e apurado de nossos convidados. O podcast DivesEM é uma produção dos núcleos de Diversidade e de Criação Multimídia do jornal Estado de Minas, com periodicidade quinzenal.Ouça outros episódios do DiversEM
Ep. 1 - Perspectivas para a luta por justiça social em 2022Ep. 2 - Como a literatura infantil feminista quer mudar a próxima geração
*Estagiárias sob supervisão do subeditor Rafael Alves