A deputada estadual Andréia de Jesus (Psol) afirma ter sofrido ameaças, em Januária, no Norte de Minas, quando estava em visita oficial pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerias a três comunidades quilombolas: Sangradouro, Croatá e Gameleira.
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"Explicamos quem éramos e entramos. Depois, ele chamou um segundo homem que já veio armado. Cobrei deles que se identificasse. É um direito constitucional, o parlamentar pedir a identificação do cidadão. Ele se negou a se identificar e começou a xingar e a gritar, desqualificando meu trabalho", relata a deputada. Além disse, o homem começou a mostrar a arma na cintura.
“A primeira coisa que ele fez depois da abordagem foi buscar uma arma e colocar na cintura. Começou a se identificar que é policial inativo, aposentado. Informação que ainda não se confirmou.”
A deputada chamou a Polícia Militar para registrar o boletim de ocorrência por desobediência e desacato e por ação que dificultava a atividade de fiscalização. A polícia chegou, mas a deputado teve dificuldade de fazer o boletim de ocorrência. "Verificamos a resistência do próprio comando de fazer o boletim.”
Por meio de nota, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) esclareceu que, conforme solicitado pela parlamentar, foi confeccionado Boletim de Ocorrência nos termos da legislação vigente.
Dificuldade para registrar o boletim
Além das ameaças que a deputada denunciou, ela afirma ter tido dificuldade para fazer o registro do boletim de ocorrência. Enquanto tentava apresentar o ocorrido aos policiais que foram ao local, tudo estava sendo transmitido ao vivo, a deputada pontuou que os homens acusados de agressão não estavam sendo devidamente conduzidos à delegacia dada a gravidade do fato.
Andréia pontua que os policiais estavam dando tratamento equivalente a uma deputada estadual em missão oficial e homens que foram acusados de ameaçá-la. Por várias vezes, a deputada afirmou que estava em missão oficial, mas ainda assim se sentiu desamparada. Ela também questiona o fato de um dos homens que a ameçou ter se apresentado como policial, ponto que precisa ser investigado.
A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar de Minas Gerais, que até o momento não retornou.