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Estado de Minas Mercado de Trabalho

Dia da Mulher: 80% da mão de obra dos motéis é feminina

Cargos com mulheres atuantes variam desde posições de liderança nas áreas administrativas, gerenciais, financeiras, até recepção e cozinha


08/03/2022 06:00 - atualizado 08/03/2022 20:18

Símbolo da mulher em branco e preto em vetor
O setor moteleiro, no Brasil, emprega cerca de 300 mil pessoas: mulheres são maioria e ocupam postos de comando até recepção e cozinha (foto: Arte EM)
O setor moteleiro é responsável por empregar cerca de 300 mil pessoas, sendo que 80% dos funcionários são mulheres. Os dados são da Associação Brasileira de Motéis (ABMotéis)

Responsável por movimentar anualmente R$ 4 bilhões e com mais de 5 mil estabelecimentos no país, o setor tem grande impacto na economia brasileira. Minas Gerais é o segundo estado com mais motéis (575), ficando apenas atrás apenas de São Paulo. 

Contratação de mulheres indica avanços sociais e econômicos 

Tendo em vista que 54,5% das mulheres estão no mercado de trabalho, segundo Larissa Calabrese, gerente da ABMotéis, a contratação significativa de mulheres em motéis representa um avanço não somente econômico, como também social.

“Várias mulheres são responsáveis pela renda majoritária da casa e são chefes de família. Por isso, somos muito orgulhosos por contribuir e dar prioridade na contratação de mulheres, oferecendo diferentes oportunidades de atuação”, explica. 

Larissa  assegura que a presença feminina em motéis é diversa, já que elas atuam em vários setores de serviço. “Não existe uma colocação específica dentro da motelaria sobre os cargos que possuem predominantemente a atuação de mulheres. Temos a mão de obra feminina tanto em áreas administrativa, gerenciais e financeiras, quanto de operação (camareiras, arrumadeiras e cozinheiras)", garante.

A gerente da ABMotéis afirma que esse número também está associado ao trabalho desenvolvido por essas funcionárias, que costumam ser mais atentas aos detalhes, contribuindo para a qualidade do serviço. 

“A mulher, em geral, cumpre a sua função com mais delicadeza, atenta aos detalhes e, devido aos motéis buscarem oferecer aos seus clientes uma experiência diferente, isso se torna um fator muito relevante. Portanto, os proprietários e os responsáveis pelas contratações observam essas qualidades, já que agregam valor para o hóspede”, explica. 

Segundo a ABMóteis, os estabelecimentos que investem em ambientes e bons serviços tendem a crescer em média anual de 10%. Em 2022, estima-se que o mercado moteleiro movimentará, no Brasil, cerca de R$ 10 bilhões.

Mudança de perspectiva sobre motéis 

Além disso, não é apenas nos postos de trabalho que as mulheres são decisivas para a motelaria. Segundo Larissa, as mulheres são as responsáveis pela escolha dos motéis e das suítes, por isso, o marketing utilizado pelos estabelecimentos deve ser avaliado para atrair o público alvo. “Propagandas machistas e com duplo sentido impactam negativamente na hora da decisão. Pensar como elas, é mais fácil quando se é uma delas”, completa. 

Tendo isso em vista, a mudança de percepção dos proprietários que buscam manter e alcançar novos clientes é fundamental, sendo necessário realizar alguns ajustes, sobretudo, para traçar o perfil recente dos consumidores. 

“Os donos dos motéis começaram a observar que a data mais movimentada é o Dia dos Namorados e que muitas reservas eram feitas para comemorar aniversário e pedidos de namoro e casamento. Portanto, é importante que o marketing, feito nas redes sociais, seja direcionado para essas pessoas”, afirma Larissa.

De acordo com a gerente da ABMóteis, uma pesquisa realizada em nove capitais, pela Hello Research, encomendada Associação e o Guia de Motéis, conclui que 85% dos clientes que frequentam esses locais, pelo menos seis vezes ao mês, são casais fixos. 
 
Ao ser questionada sobre o preconceito que algumas mulheres poderiam sofrer por trabalhar no setor da motelaria, Larissa explicou que a mudança de cenário, em relação aos clientes que frequentam esses locais, contribuiu para o rompimento de alguns estereótipos. 

“Muitas pessoas se orgulham de trabalhar em móteis, inclusive muitos proprietários fazem questão de mostrar essa mudança de perspectiva. Afinal, não se trata mais de um local enviesado socialmente pela clandestinidade, mas sim onde parceiros cultivam  a intimidade, algo muito importante para qualquer relacionamento”, explicou. 

Isso também influenciou no serviço oferecido pelos motéis, já que, agora, são passíveis de reclamações. “Os hóspedes querem ter acesso à reserva antecipada, acompanhar nas redes sociais algumas novidades e também poder marcar os seus parceiros na postagem, vai querer um ambiente confortável, com piscinas e hidromassagem. O público mudou e, com isso, é importante investir em tecnologias”, completa Larissa. 

 


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