Com a evolução do mercado empresarial, a tendência mundial de se valorizar as chamadas soft skills, que são habilidades relacionadas ao comportamento e ao desenvolvimento pessoal, tem se mostrado cada vez mais forte. E nesse quesito, as mulheres se destacam e fazem a diferença no faturamento das empresas.
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Segundo a BR Rating, agência de rating de governança corporativa do Brasil, apenas 3,5% das corporações têm mulheres atuando como CEOs e que mais de 80% dos cargos de diretoria são ocupados por homens. Diante disso, David defende que as mudanças têm que ser feitas em todas as esferas da sociedade, e não apenas no mercado de trabalho.
“O sistema precisa mudar. Por que a mulher que precisa cuidar da casa, do trabalho, da carreira? Por que só a liderança precisa mudar? A conta fica alta”, afirma David. “A gente tem que chamar a responsabilidade porque não é modinha, não é porque é cool, é legal... não, isso é necessário, isso não tem volta e impacta diretamente no faturamento”, completa.
Para além da maior participação das mulheres no ambiente empresarial, a capacidade de gerir conflitos é extremamente importante em um mundo que vem valorizando cada vez mais a inclusão e diversidade. “Quanto mais diversidade a gente aplica, mais conflitos tem, porque são pessoas com repertórios, culturas, idades propósitos completamente distintos. E é através do conflito gerenciado que a gente consegue a tão falada inovação”.
Linha de crédito
Seguindo a tendência de incluir mais mulheres no mercado de trabalho, o BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais) criou o Empreendedoras de Minas, primeira linha de crédito do país exclusivamente voltada para o segmento. O programa, que tem como alvo micro e pequenas empresas que tenham participação societária feminina igual ou superior a 50%, já superou a marca de R$100 milhões em financiamentos.
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Maria Cruz