O influencer e policial trans Paulo Vaz, mais conhecido como Popó Vaz, de 37 anos, foi encontrado morto nesta segunda-feira (14/3). Ainda não há informações detalhadas sobre a causa do óbito. A morte dele foi confirmada nas redes sociais pela agência Mosaico, que gerenciava a carreira dele.
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A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) lamentou profundamente a perda, ao dizer que Popó Vaz não "suportou continuar em uma sociedade tão violenta e desumana".
"Com muita tristeza recebemos a notícia que o Paulo Vaz nos deixou. Paulo era querido e amado por todas a sua volta. Ativista engajado e dedicado a luta trans, sempre fez questão de construir pontes, atuar no enfrentamento da transfobia e em defesa das pessoas transmasculinas. Homem trans gay, policial civil, sempre abordava questões sobre sexualidade e gênero de forma leve e descontraída", diz em trecho.
"Era uma alma doce e um coração lindo demais. Foi protagonista de uma de nossas campanhas pelo dia da visibilidade trans, além de fazer diversas publicidades e participações em mídias e televisão sobre a visibilidade transmasculina. Paulo não estará mais entre nós ou em nossos Stories falando com aquele sotaque mineiro tão marcante", continua.
"Não é hora de especular sobre a morte do Paulo. Respeitem a dor de quem perdeu um amigo, marido, filho e irmão. É hora de silenciar e refletir. Precisamos pensar em formas de construir um mundo onde as pessoas queiram viver", finaliza.
Tristeza e luto
A morte de Popó Vaz tem causado grande repercussão nas redes sociais. Ele se tornou conhecido principalmente por lutar contra a homofobia. Desde 2018, vivia com o criador do canal 'Põe na Roda', Pedro HMC.
Em entrevista ao Estado de Minas em 2019, Popó se comparou a uma borboleta. “Acho que sou mesmo uma borboleta. Se me enrolar numa rede, fica parecendo um casulo. Mas lagarta nunca fui, jamais rastejei. Para falar a verdade, sou uma mistura de vivências”.
Ainda não há detalhes sobre velório e sepultamento. A Polícia Civil ainda não se pronunciou sobre o ocorrido.