O Brasil teve apenas uma nomeação ao Ponto Focal, uma representação da Organização das Nações Unidas (ONU), neste ano. Vitória Pinheiro, de 25 anos, é negra, travesti e periférica e agora faz parte da Constituinte de Crianças e Juventudes em Comunidades Sustentáveis representando internacionalmente crianças e jovens da américa latina.
Vitória cresceu no bairro Zumbi dos Palmares, na periferia de Manaus, e tornou-se ativista muito jovem, por querer diminuir a pobreza e violência do local que morava. Fundou a Palmares, uma organização que busca avançar na luta por justiça social e políticas públicas para áreas periféricas brasileiras.
Além disso, Vitória hoje estuda Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e une direitos humanos, meio ambiente e tecnologia na busca por um mundo melhor.
Não é a primeira vez que Vitória representa o Brasil internacionalmente. Conquistou o título de Jovem Defensora dos Rios e Oceanos da Embaixada da França no Brasil; foi uma das representantes brasileirasna Conferência do Clima das Nações Unidas- COP-26 realizada em Glasgow, Escócia em 2021, com Amanda Costa, Ellen Monielle e Mahryan. Em 2017, foi selecionada pela TODXS como uma das 26 lideranças LGBT+ no Brasil.
*Estagiária sob orientação de Márcia Maria Cruz