No último ano, a cantora Demi Lovato compartilhou com os fãs que gostaria de ser tratada na linguagem neutra, “elu e delu”, já que ela não se identifica nem no feminino ou masculino. No entanto, recentemente ela voltou a adotar pronomes femininos, mesmo com a identificação não binária. O tema confunde muitas pessoas, por isso ganhou grande discussão nas redes sociais.
Demi explica
"Hoje é um dia que estou muito feliz em compartilhar mais da minha vida com vocês – sinto orgulho em deixar que vocês saibam que me identifico como pessoa não binária e estarei oficialmente mudando meus pronomes para 'they/them'”, disse a artista norte-americana em maio de 2021.
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Pronomes femininos
Pouco mais de um ano depois, ela alterou nas redes sociais os pronomes novamente e acrescentou a linguagem feminina. Esta semana, ela explicou o motivo. “Na verdade, adotei os pronomes ela/ela novamente comigo. Então, para mim, eu sou uma pessoa tão fluida que eu realmente não sei e não acho o que eu sou”, contou no Spout Podcast.
“Eu senti que, especialmente no ano passado, minha energia estava equilibrada entre minhas energias masculina e feminina. Então, quando eu estava confrontada com a escolha de entrar em um banheiro e tinha só ‘mulheres e homens’, eu não sentia que havia um banheiro para mim porque eu não me sentia necessariamente como uma mulher. Eu não me sentia um homem. Eu apenas me senti como um humano. E é disso que se trata. Para mim, é como se sentir humano em sua essência”, ressaltou.
E complementou: “Recentemente, tenho me sentido mais feminina e, por isso, a adotei novamente. Mas acho que o importante é, tipo, ninguém é perfeito. Todo mundo bagunça os pronomes em algum momento, e especialmente quando as pessoas estão aprendendo, é tudo uma questão de respeito”.
O que é linguagem neutra?
O termo não binário diz respeito a indivíduos que sentem que sua identidade de gênero está fora das identidades masculina e feminina, ou entre elas.
Uma pesquisa divulgada em novembro do ano passado mostrou que 2% da população brasileira é de pessoas transgênero ou não binárias. O estudo foi desenvolvido pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Foram entrevistadas 6 mil pessoas em 129 municípios de todas as regiões do país. Em números absolutos, essa população é de 3 milhões de indivíduos.
*Com informações de Agência Brasil