A ex-BBB Jessi Alves defende a educação como um espaço fundamental para se construir uma sociedade mais plural. Uma das convidadas do Criança Esperança deste ano, a professora aponta que o ambiente escolar deve acolher a diversidade.
Como professora negra, Jessi encara a profissão como uma luta diária, uma vez que ao longo da vida se deparou com ambientes escolares em que era a única, ou uma das únicas professoras mulheres e preta. Para a professora, a educação é o caminho da transformação e a partir dela a que se consegue atingir espaços e ampliar vozes.
“Quantas vezes eu utilizei meu espaço escolar para levantar minhas bandeiras, para falar sobre quem eu sou, sobre minhas origens, sobre minha raiz, sobre tudo isso. Então acredito que é um espaço de transformação, comunicação, de compartilhamento de histórias e estar ali naquele ambiente como professora preta pra mim é muito importante”, afirma Jessi.
Jessi conta que é um sonho participar de um programa que acompanhou desde a infância, principalmente numa edição em que o tema central é a educação como esperança.
“Sempre vi a educação como o caminho, a solução para muitas questões que a gente enfrenta no nosso país e saber que o Criança Esperança tem um objetivo tão lindo como esse, que é ajudar tantas instituições que promovem a educação em todos os espaços me deixa muito feliz, então pra mim é a realização de um sonho”, afirma.
Para o programa Jessi foi convidada a conhecer o projeto Sankofa, no Centro Social Dom Vital da Instituição Casa de Cultura Ilê Asé D’Osoguiã, na cidade de Pedras de Fogo, na Paraíba, uma das instituições beneficiadas pelas doações arrecadadas pelo Criança Esperança 2022.
Momento histórico no BBB
Jessi participou de um dos momentos mais marcantes da história do Big Brother Brasil durante o paredão que enfrentou contra Natália e Rodrigo. Ao anunciar a eliminação do gerente comercial, Tadeu Schmidt usou a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para dizer à Jessi que ficasse calma, pois ficaria na casa e seguiria na disputa pelo um milhão e meio. Foi a primeira vez que a Libras foi utilizada no programa de maior audiência do Brasil.
“O apresentador do programa de maior audiência do Brasil ter aprendido a linguagem de sinais foi muito importante. O ato teve relevância e repercutiu no país inteiro, e a comunidade inteira foi beneficiada. Isso faz com que as Libras alcancem um maior espaço”, afirma Jessi.
Jessi conta que aprendeu Libras quando cursava o ensino médio, era colega de cinco alunos surdos e percebia que que eles tinham dificuldade em se comunicar com o restante da turma. Naquele momento, percebeu que seria essencial aprender a linguagem de sinais para se comunicar com os colegas.
“Depois, me tornei professora e comecei a trabalhar com alunos surdos, então percebi que teria que aprender Libras não só para me comunicar com eles em relação ao conteúdo de aula, mas também a vida e isso foi muito importante para que eu tivesse uma outra percepção”.
Jessi ainda ressalta que existem mais de 11 milhões de surdos no Brasil, sendo que boa parte deles só se comunica pela linguagem de sinais. Sendo assim, é necessário que cada vez mais pessoas aprendam Libras para que haja inclusão e comunicação com essa comunidade.
O podcast DiversEM é uma produção quinzenal dedicada ao debate plural, aberto, com diferentes vozes e que convida o ouvinte para pensar além do convencional. Cada episódio é uma oportunidade para conhecer novos temas ou se aprofundar em assuntos relevantes, sempre com o olhar único e apurado de nossos convidados.
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