O 29 de agosto, nesta segunda-feira, é o dia da visibilidade lésbica no Brasil. A data foi criada em 1996 no 1º Seminário Nacional de Lésbicas para combater a lesbofobia e a misoginia. Mas a luta é diária para as mulheres lésbicas, cuja orientação sexual é contestada, fetichizada e objetificada.
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16ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Contagem ocorre neste domingo (7/8)Papa envia carta a padre pró-LGBT: 'Jesus era próximo de todos'Novo filme do Thor é censurado por ter personagem LGBTQIA+Primeira Parada do Orgulho LGBT+ de Bocaiuva acontece neste sábado (3/9)Para Stéphani Santoro, mais conhecida como ‘Arte com Ste’ nas redes sociais, a data é uma forma de validar mulheres lésbicas. “Constantemente, tentam nos apagar da história, da representatividade e das temáticas do dia a dia. É mostrar que existimos, resistimos e temos o nosso poder de fala sobre as nossas vivências”, afirma a produtora de conteúdo, que conta com mais de 55 mil seguidores no TikTok.
Além disso, agosto é o mês da visibilidade e orgulho lésbico. A artista reforça que é importante ter uma data e um momento para cada sigla da comunidade LGBTQIAP . “Por cada um ter a sua vivência, é preciso pontuar e falar sobre para que exista mais políticas públicas para nós e para nós nos sentirmos mais acolhidas”, disse.
Arte na luta contra a lesbofobia
“A arte no geral é a única coisa que une todas as pessoas e é a única coisa que nos salva em um aspecto mais mental e filosófico”, afirma a produtora de conteúdo. Seguindo esse caminho, produções artísticas são uma forma de quebrar preconceitos por conectar pessoas.
“A potência do audiovisual é você vivenciar diversas histórias e senti-las, mergulhar naquilo. É através desse mergulho que se entende, que se identifica e que se quebra muitas coisas construídas socialmente sobre vivências. Esteriótipos, dores e etc e até muitas coisas construídas por homens sobre o que é ser lésbica”, explica Ste.
Por isso, consumir produtos culturais e artísticos com representatividade é uma forma de derrubar barreiras de lesbofobia e “normalizar o que sempre deveria ter sido normalizado desde o início da vida, mas que passou pela mão de muita gente para construir o que é errado e certo”.
Em seu perfil no Telegram, que conta com mais de 11 mil seguidores, Ste compartilha dicas de filmes e séries sáficos e LGBTQIAP . Para seguir, basta assessar o link do perfil da criadora de conteúdo nas redes sociais.
Em seu perfil no Telegram, que conta com mais de 11 mil seguidores, Ste compartilha dicas de filmes e séries sáficos e LGBTQIAP . Para seguir, basta assessar o link do perfil da criadora de conteúdo nas redes sociais.
Origem do termo ‘lésbica’
O termo ‘lésbica’ vem da ilha grega ‘Lesbo’, onde morou ‘Safo’, uma das primeiras escritoras a falar sobre o amor entre duas mulheres. Ste explica que essa parte da história também gerou o termo ‘sáfico’, que é para casais compostos por mulheres.
“Safo fundou uma escola só para mulheres em que ensinava retórica, artes e muitas outras coisas não comuns para ensinar para mulheres. E nesta escola muitas das alunas se relacionavam entre elas. E daí que o termo surgiu e se popularizou para nos definir melhor”, completa a artista.