Célia Xakriabá (PSOL) é a primeira mulher indígena a ser eleita deputada federal por Minas, com 101.078 votos. Ela é a herdeira política da deputada federal Áurea Carolina, que não se candidatou a um segundo mandato na Câmara dos Deputados.
Célia vem do território Xakriabá, no Norte do estado, e compõe a Bancada do Cocar, movimento que tem o objetivo de eleger mulheres indígenas para fazer a defesa dos territórios indígenas e de ações que cessem as mudanças climáticas. Ela se emocionou muito com a vitória.
Célia vem do território Xakriabá, no Norte do estado, e compõe a Bancada do Cocar, movimento que tem o objetivo de eleger mulheres indígenas para fazer a defesa dos territórios indígenas e de ações que cessem as mudanças climáticas. Ela se emocionou muito com a vitória.
"Momento muito emocionante. Minas supera o racismo da ausência ao eleger, pela primeira vez na história, uma indígena como deputada federal", afirmou.
Quase sem voz, ela reafirmou a defesa dos territórios indígenas. "Vou legislar no Congresso Nacional com o compromisso com o meio ambiente, com o compromisso com o território, com o chamado da terra, que me trouxe até aqui. Essa eleição é pelo planeta. Minas vai sentir orgulho de 'mulherizar', 'reflorestar' e 'indigenizar' a política com projetos de cultura", disse.
Ela destacou que, em 2020, foram 185 lideranças indígenas assassinadas. "Vai ser mandato de resistência. Vai ser um mandato de luta", afirmou.
Quase sem voz, ela reafirmou a defesa dos territórios indígenas. "Vou legislar no Congresso Nacional com o compromisso com o meio ambiente, com o compromisso com o território, com o chamado da terra, que me trouxe até aqui. Essa eleição é pelo planeta. Minas vai sentir orgulho de 'mulherizar', 'reflorestar' e 'indigenizar' a política com projetos de cultura", disse.
Ela destacou que, em 2020, foram 185 lideranças indígenas assassinadas. "Vai ser mandato de resistência. Vai ser um mandato de luta", afirmou.
A decisão pela candidatura se deve, segundo ela, aos constantes ataques aos territóriso indígenas. "Decidimos então, fazer esse enfrentamento do lado de dentro, contra a bancada ruralista, contra o agronegócio, pela demarcação dos territórios
indígenas e comunidades tradicionais e pelo meio ambiente”, afirma.
Célia lembrou que em mais de 500 anos, os povos indígenas foram alijados da política institucional e que a sua chegada ao Congresso representa uma vitória. “Cocar no poder é floresta de pé. É a ancestralidade e outro modo de pensar e fazer política. Esse é o nosso compromisso. Compromisso com a vida e com um mandato que vai fazer muito pelo nosso povo. A nossa chegada ao Congresso precisa mostrar que podemos fazer mais e que a nossa forma de pensar é o caminho para mudar o planeta. O futuro é indígena”, reafirma Célia.
Quem é Célia Xakriabá
Célia Xakriabá é professora, mestre, e foi a primeira mulher indígena a entrar no doutorado pela UFMG. Ela representou os povos indígenas na COP-26, participou ativamente da denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro por crime contra a humanidade em Haia.
Trabalhou na Secretaria de Estado de Educação com as escolas indígenas, quilombolas e do campo e foi assessora parlamentar da deputada Áurea Carolina.