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Estado de Minas INJÚRIA RACIAL

Mulheres são presas ao dizer que garçonete negra tinha que 'lhes servir'

Procurada pela reportagem, Polícia Civil confirmou que as prisões foram ratificadas; dupla foi encaminhada ao sistema prisional


31/10/2022 18:36 - atualizado 31/10/2022 18:56

Viaturas da Polícia Militar estacionadas lado a lado
Ocorrência foi registrada em Presidente Olegário, no Noroeste de Minas, nesse domingo (30/10) (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DAPress )
A Polícia Militar prendeu em Presidente Olegário, no Noroeste de Minas, duas mulheres acusadas de injúria racial. Elas teriam xingado e chamado uma garçonete em um estabelecimento comercial de preta, usando a palavra em tom pejorativo. Conforme o registro da ocorrência, a vítima teria ouvido das duas mulheres que ela era obrigada a lhes servir. 
 
A corporação foi acionada por volta das 20h desse domingo (30/10) para comparecer ao Bairro Aeroporto. Segundo a PM, a funcionária disse que uma das agressoras, de 37 anos, foi quem iniciou os ataques. Nesse sentido, a mulher esbarrou nela propositalmente e, na sequência, passou a chamá-la de preta e ordená-la a lhe servir. 
 
A outra suspeita, de 22, reforçou a agressão, repetindo que ela tinha a obrigação de servir não apenas à amiga, mas também a ela. 

 
Durante as diligências no local, a polícia colheu depoimentos de testemunhas que confirmaram a dinâmica das agressões relatadas pela vítima e funcionária no espaço. Logo, as autoridades conduziram a dupla à delegacia do município. 
 
Procurada pela reportagem nesta segunda-feira (31/10), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) disse que “as duas suspeitas foram conduzidas, ouvidas por meio da Central Estadual do Plantão Digital e autuadas em flagrante pelo crime previsto no artigo 140, parágrafo 3º da Lei 2848/40”. 
 
Trecho da legislação considerada na tipificação do crime pontua que quando a injúria consiste na utilização de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, origem ou à condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência, a pena é a de reclusão de um a três anos e multa, em caso de condenação. 
 
Por fim, a PCMG destaca que as mulheres tiveram as prisões ratificadas ontem na delegacia e foram encaminhadas ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.




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