Na noite desta terça-feira (8/11), o jornalista William Bonner, de 58 anos, pediu desculpa aos telespectadores do Jornal Nacional por conta de uma fala capacitista durante a cobertura do resultado da eleição presidencial no segundo turno. Na ocasião, o âncora da TV Globo havia usado a palavra ‘esquizofrenia’ como forma pejorativa.
“Alguns dias atrás, no domingo do segundo turno da eleição, eu, por ignorância, usei a palavra esquizofrenia como se fosse sinônimo para uma explicação confusa que eu tentei fazer”, iniciou o jornalista.
“Felizmente, eu fui alertado para o erro. Essa reportagem é uma forma de me retratar pelo meu erro pessoal e também a nossa maneira de ajudar a combater a falta de informação”, complementou William Bonner, após uma reportagem de de Graziela Azevedo sobre pessoas que convivem com a esquizofrenia.
Durante a cobertura da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na aferição das urnas, Bonner se confundiu ao vivo, sobre a projeção do DataFolha em um dos estados para governador e se justificou com o termo capacitista. “Não é que minha esquizofrenia tenha chegado a esse ponto. Me disseram uma coisa no ponto [eletrônico], que tínhamos uma informação nova”, falou, na ocasião.
Nas redes sociais, a ativista Zennandra Fernandez elogiou a retratação pública do jornalista. “Muito importante essa retratação do Bonner a pessoas com esquizofrenia. Vemos centenas de pessoas usando deficiências e condições mentais para definir o comportamento de bolsonaristas. Isso não é crítica política, piada, menos ativismo. Isso é capacitismo, psicofobia”, escreveu.
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