Os brasileiros estão na torcida para a seleção canarinho conquistar o hexacampeonato, um feito inédito na história mundial do futebol masculino. No entanto, nesta quinta-feira (1º/12), ainda longe de saber quem será o campeão no mundial, o Brasil obterá uma conquista histórica.
Pela primeira vez em uma Copa do Mundo, o trio de arbitragem será composto por três mulheres, entre elas, a árbitra assistente Neuza Back. Ao todo a federação escalou seis árbitras mulheres para participar de um mundial de futebol masculino.
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“Aliás, sendo mulher, teoricamente seria mais difícil. No dia que recebi a convocação, passou pela cabeça tudo que eu fiz, as escolhas e a dedicação. Valeu a pena. É muito legal”, disse Neuza Back, três meses antes do Mundial no Catar.
Trajetória
Neuza é nascida na pequena cidade de Saudades, em Santa Catarina. No entanto, ela se mudou para Jundiaí para se filiar à Federação Paulista de Futebol (FPF) para conquistar visibilidade nacional. Em 14 anos de carreira, a educadora física e árbitra já participou de mais de 100 jogos do Campeonato Brasileiro das Séries A e B.
A inspiração veio do irmão, o também árbitro, André Back. A catarinense se formou em educação física, e, em 2008, iniciou o curso de arbitragem. A trajetória até o Catar começou nos gramados de Santa Catarina, no campeonato estadual. Chegou ao quadro da Fifa em 2014.
Neuza foi árbitra assistente nas Olimpíadas de 2016 e 2020. Antes de ir para a Copa do Catar, o último jogo em que integrou a arbitragem foi a partida entre Coritiba e Flamengo pelo Campeonato Brasileiro. "E assim eu encerro a 13ª temporada nacional. Desde a estreia na Série A em 2009 até hoje, foram quase 140 jogos na competição, cada um trouxe um aprendizado que contribuiu para o que sou hoje", escreveu.
Não é a primeira vez que ela atua em torneios internacionais. Em 2020, a árbitra auxiliar atuou na partida entre Penarol, do Uruguai, e Vélez Sarsfield, da Argentina, pela Copa Sul-Americana, no estádio Campeón de Siglo, em Montevidéu