Tanto pessoas comuns quanto celebridades entraram na onda de criar imagens estilizadas pelo Lensa, novo aplicativo do momento que gera avatares artísticos para seus usuários e inundou os feeds das redes sociais. Entretanto, muitos usuários estão apontando a Inteligência Artificial da plataforma como racista e misógena.
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Muitos usuários adoraram seus avatares, e muitos também apontaram que existe uma padronização nos rostos, fazendo com que todos ficassem semelhantes. A diretora criativa Gabriela Moura postou uma análise sobre a nova moda em sua conta no Linkedin. Ela afirma que a AI muda as feições dos usuários baseado no que a sociedade entende como "belo", e que essa noção é baseada nos traços eurocêntricos.
“Assim como a maioria dos filtros, o teste na AI me mostrou que meus traços naturais negróides foram mudados pra traços considerados popularmente mais "finos": a pele clareou, o nariz afinou”, relata Gabriela.
A jornalista Gabi Lessa também usou as redes sociais para contar sua experiência. Gorda e adepta do Body Positive, ela chamou atenção para o fato de que algumas das imagens geradas a fizeram mais magra que a realidade. “Fizeram o que em geral a inteligência artificial faz: olhos maiores, nariz mais fino, lábios preenchidos e, é claro, mais magra. Na maioria delas, nem dá pra ver que sou eu”, escreveu.
Fora do Brasil, alguns usuários relataram a mesma experiência que Gabi. Segundo o jornal Insider, uma mulher chamada Laura Wheatman Hill contou que ficou chocada quando o aplicativo fez uma versão 'irreconhecível, magra e sexualizada' de si mesma.
Laura afirmou que as imagens geradas não pareciam nada com ela e criticou o aplicativo por 'alongar seu rosto até ficar irreconhecível', dando a ela uma 'cintura minúscula de ampulheta' e 'seios que estavam quase caindo de um top sem alças vermelho'. “Estou com raiva porque esse aplicativo tirou uma foto do meu rosto e mudou seu formato, esticando-o até ficar irreconhecível e inventou um corpo falso para acompanhar.
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