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Estado de Minas TRAGÉDIA HUMANITÁRIA

Veja como ajudar os Yanomamis que enfrentam emergência em saúde pública

O presidente Lula esteve, no sábado (21/1), em um hospital em Roraima, onde os indígenas estão em tratamento, e determinou medidas emergenciais


23/01/2023 12:19 - atualizado 23/01/2023 17:42

Presidente Lula e indígenas Yanomamis
Presidente Lula conversa com indígenas no território Yanomami (foto: Ricardo Stukert/Divulgação)

O Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde pública a calamidade enfrentada pelo povo Yanomami em Roraima.  As mortes de 570 crianças indígenas por doenças que têm tratamento, nos últimos quatro anos, foram reveladas pelo portal de jornalismo baseado na Amazônia Sumaúma.
 
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve, no sábado (21/1), em um hospital em Roraima, onde os indígenas estão em tratamento, e determinou medidas emergenciais.  Um decreto cria o Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento à Desassistência Sanitária das Populações em território Yanomami. 
 
O governo propôs uma ação coordenada entre o Ministério dos Povos Indígenas, Funai, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Ministério da Saúde, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério do Planejamento e Orçamento e Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
 
Diante desse cenário, a sociedade civil também se organiza para prestar apoio aos Yanomamis. Organizações recebem doações para que possam ser enviadas para os indígenas, como a Central Única das Favelas (CUFA) e a Ação da Cidadania.
 
 
A reportagem do Sumaúma apontou que, durante o governo de Jair Bolsonaro, o número de mortes de crianças com menos de 5 anos por causas evitáveis aumentou. As imagens de crianças e idosos desnutridos são aterrorizantes. Maior terra indígena no Brasil, o território Yanomami conta com 30,4 mil indígenas.
 
 A Polícia Federal realizou a operação Yoasi -nome na cultura yanomami do "irmão de Omama e responsável pela morte no mundo"-, que identificou supostas fraudes. A retenção de remédios, como vermífugos, deixou 10.193 crianças desassistidas. O resultado, segundo a PF, foi o "aumento de infecções e manifestações de formas graves da doença, com crianças expelindo vermes pela boca".
 
O Ministério Público Federal também recebeu áudios com relatos desesperados de falta de medicamentos, especialmente para malária e verminoses, além de imagens de crianças já em avançado estado de desnutrição, como ainda estão atualmente.

O cenário de degeneração da saúde dos Yanomamis é criticado inclusive por Beto Marubo, membro da Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari), que atua na proteção de 16 grupos isolados no Amazonas. "A tragédia dos yanomami não é novidade para ninguém", disse. A reportagem entrou em contato com a Funai e os ministérios da Saúde e Povos Indígenas e aguarda um retorno. 

Para onde doar

Central Única das Favelas: PIX doacoes@cufa.org.br
Ação da Cidadania: PIX sos@acaocidadania.org.br


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