A artista Kim Petras entrou para a história do Grammy nesse domingo (05/02) ao se tornar a primeira mulher trans a ganhar o prêmio na categoria Melhor Performance de Duo/Grupo por sua parceria com Sam Smith em "Unholy". No momento de receber o gramofone, Sam, que hoje se identifica como não-binário, ofereceu o microfone à colega.
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Além de Kim, a compositora trans e uma das precursoras da música eletrônica Wendy Carlos venceu três categorias no Grammy de 1968. Ela é conhecida por criar a trilha sonora de clássicos como "Laranja Mecânica" (1971), "O Iluminado" (1980) e "Tron" (1982. Outras mulheres trans como Arca, Sophie, Jackie Shane, Teddy Geiger e Honey Dijon também já foram indicadas ao Grammy em diversas categorias, mas não chegaram a ganhar.
Performance marcante
Durante a cerimônia do Grammy, Madonna fez a chamada para a apresentação de "Unholy", celebrando os rebeldes e os controversos. “Estou aqui para agradecer todos os rebeldes que estão abrindo caminhos. Saiba que a sua coragem não passa despercebida. Você é visto, você é ouvido e, acima de tudo, vocês são apreciados“, acrescentou Madonna.
Sam Smith então surgiu no meio do público, usando saltos e uma cartola com chifres, em meio a dançarinos e banhado por luzes vermelhas. Já Kim se apresentou no palco, dentro de uma jaula. A dupla foi muito aplaudida pela apresentação ousada.
Quem é Kim Petras?
Kim tem 30 anos e é natural de Colônia, cidade do Norte da Alemanha. Ela conta que os pais buscaram ajuda médica para sua transição desde os 10 anos de idade, época em que o assunto ainda não era tão discutido - portanto, ela viveu o processo ainda muito nova, em 2009.
“Eu cresci próximo de uma rodovia, perto de lugar nenhum, na Alemanha. E minha mãe acreditou que eu era uma menina e eu não estaria aqui sem ela e seu apoio”, contou Kim em seu discurso no Grammy.
A artista mudou-se para os Estados Unidos em 2015 e em 2017 lançou seu primeiro hit "Don’t Want It At All". No final de 2022, alcançou o topo da Billboard e do Spotify com "Unholy".
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