Jornal Estado de Minas

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HIV: Unaids pede que América Latina aumente esforços de prevenção

Durante evento na Cidade do Panamá na última segunda-feira (6/2), Luisa Cabal, diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) para a América Latina e Caribe, pediu que a região intensifique os esforços para a prevenção da doença na região. 





"O que sabemos é que o HIV não é uma epidemia do passado, é uma epidemia que infelizmente vem aumentando desde 2010 (na América Latina) e temos que nos esforçar para fazer melhor o que já se sabe ser necessário para reduzir as novas infecções", declarou Luisa Cabal à Agência EFE.

Cabal também afirmou que a região está sofrendo uma tripla crise: de prevenção, de acesso ao tratamento e de discriminação e exclusão. Entretanto, Luisa afirma estar otimista de que o combate à Aids deixará de ser "um desafio de saúde pública" até 2030.
 
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Em perigo

O pedido de Cabal tem como base o estudo “Em Perigo", publicado pela Unaids em julho de 2022. No relatório é possível verificar que, mesmo a média mundial de casos tendo diminuído, as regiões da Europa Oriental e Ásia Central, Oriente Médio, Norte da África e América Latina tiveram aumentos anuais de infecções por HIV na última década. 




 
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O estudo também aponta que os programas de prevenção em todas as regiões estão incompletos, faltando populações prioritárias. Além do estigma e da discriminação na América Latina impedirem o acesso a tratamentos de HIV, levando ao aumento da vulnerabilidade, foram apontados problemas como: falta de constância nas lideranças políticas, déficits de financiamento e posicionamentos legais e políticos obstrutivos.
 
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Dessa forma, a América Latina e o Caribe configuram abaixo da média global de cobertura de tratamento contra HIV e supressão viral. Segundo o estudo, trinta e um por cento das pessoas vivendo com HIV na América Latina em 2021 ainda não receberam terapia antirretroviral. 

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