Jornal Estado de Minas

CARNAVAL MAIS SEGURO

Cai o número de crimes sexuais no carnaval de Minas Gerais



Em coletiva realizada nesta quinta-feira (23/2), no Palácio da Liberdade, o Governo de Minas Gerais apresentou o balanço das ações estaduais para a realização do que está sendo considerado o carnaval mais seguro do país. Os dados divulgados refletem ocorrências registradas entre sábado (18/02) e terça-feira (21/02).





“Hoje podemos assegurar que Minas, não só o estado mais seguro da federação, mas tem o carnaval mais seguro. Isso graças à união das forças, graças à integração, não só das secretarias, mas de todas as forças de segurança”, afirmou o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco. 

Números em queda


Segundo dados do Observatório de Segurança Pública de Minas Gerais, o carnaval deste ano teve reduções nos números de crimes contra a dignidade sexual, tanto no estado quanto em Belo Horizonte. A comparação tem como referência o carnaval de 2020, o último com grande público nas ruas. 

Em Minas Gerais, os casos de importunação sexual diminuíram de 51 para 38 ocorrências, uma queda de 25%, os casos de estupro caíram 30%, de 15 para 10. Destaque para a diminuição no número de casos de estupro de vulneráveis (45%), indo de 22 para 12 registrados. 





Belo Horizonte acompanhou a tendência estadual e também registrou queda nos casos contra a dignidade sexual. Importunação sexual passou de 14 para 8 ocorrências, baixa de 42,8%. Casos de estupro diminuíram de 5 para 2, correspondendo a 60% de queda, e estupro de vulneráveis manteve o número de 5 ocorrências.

Avanços na segurança 

Para ter êxito no combate aos crimes no carnaval de Belo Horizonte, o governo investiu na integralização das secretarias de segurança e das diversas forças policiais e no uso de caminhões com plataformas elevadas e drones para o monitoramento da multidão. Além disso, as patrulhas de prevenção e violência doméstica foram destacadas para o acolhimento das mulheres que sofressem importunação sexual no carnaval.

“As delegadas de mulheres foram para os trios, para os carros de som e foram extremamente bem recebidas pelos foliões, com a  missão de ensinar a todos, orientar a todos sobre a importância do respeito, sobre a importância de evitar os crimes contra a dignidade sexual”, afirmou Irene Franco Leroy, chefe adjunta da Polícia Civil. 





Foi destacada também a ação dos próprios foliões, que ao perceberem um ato de importunação, se mobilizaram para proteger a vítima e vaiavam o agressor, mostrando eficiência das campanhas de conscientização.

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