A Fundação Cultural Palmares revogou, na última quinta-feira (6/4), a portaria de 2022, assinada pelo governo Jair Bolsonaro, que tornava as normas para a emissão de certidões de autodefinição para comunidades quilombolas mais rigorosas. O órgão, que é ligado ao Ministério da Cultura, também restaurou portaria de 2007, do segundo governo Lula, que institui o Cadastro Geral de Remanescentes das Comunidades dos Quilombos. As informações são da Agência Brasil.
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A Portaria nº 75/2023, que atualiza o processo para emissão das certidões, foi publicada na quinta-feira no Diário Oficial da União.
De acordo com o texto, a Fundação Cultural Palmares também instituiu um grupo de trabalho para elaborar novo ato normativo para o Cadastro Geral de Remanescente dos Quilombos e estabelecer os procedimentos para expedição da Certidão de Autodefinição na Fundação Cultural Palmares. O grupo terá duração de, no máximo, 90 dias para realização dos trabalhos, podendo ser prorrogado uma única vez.
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