O presidente ugandês, Yoweri Museveni, pediu aos parlamentares do país para retirarem do projeto de lei — o qual é abertamente anti-LGBT — o item que criminalizava o fato de alguém se identificar como homossexual, visando amenizar críticas, já que o projeto foi fortemente condenado no cenário internacional.
O projeto de lei, aprovado em 21 de março, prevê penalidades rígidas para os envolvidos em relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo.
O recuo foi informado aos parlamentares por meio de uma carta escrita pelo presidente e lida por Thomas Tayebwa, vice-presidente do Parlamento.
Yoweri Museveni, que descreve regularmente a homossexualidade como "desvio", pediu aos representantes que "fizessem uma distinção entre ser homossexual e praticar atos homossexuais", o que pareceu uma tentativa de se salvar das críticas que recebeu.
Semanas atrás, antes da grande repercussão, Museveni disse em conferência que a homossexualidade é "um perigo para a procriação da raça humana" e que a África deve "salvar o mundo da homossexualidade".
* Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata